Em 10 anos, risco de morte no Brasil passa de desnutrição para IMC alto
De acordo com dados do relatório GBD (Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study), publicado hoje no Lancet, o maior fator de risco de morte no Brasil mudou de desnutrição para o IMC (Índice de Massa Corporal) alto em 10 anos.
Segundo a pesquisa, o fator de risco que gerou mais mortes e casos de invalidez no Brasil em 2009 foi a desnutrição. A condição ocorre devido à baixa ingestão de nutrientes ou inanição e pode gerar diversos problemas de saúde como perda muscular ou anemia.
Já em 2019, o fator de risco apontado pelo relatório foi o IMC elevado, ou seja, classifica que a pessoa está com excesso de peso.
Sabe-se que quanto maior o IMC, maior é o grau de obesidade e também o risco de aparecer doenças relacionadas como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, trombose, problemas cardiovasculares, entre outras.
Crédito: Reprodução/IHME
O que é IMC elevado?
O IMC é calculado dividindo o peso em quilos pela altura ao quadrado. Foi definida uma classificação para determinar se o peso do indivíduo é adequado:
- Abaixo de 17 - Muito abaixo do peso;
- Entre 17 e 18,4 - Abaixo do peso;
- Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal;
- Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado);
- Entre 30 e 34,9 - Obesidade I;
- Entre 35 e 39,9 - Obesidade II (severa);
- Acima de 40 - Obesidade mórbida.
Como prevenir?
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade pode ser definida como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco à saúde. Um índice de massa corporal acima de 25 é considerado sobrepeso e acima de 30 é obeso.
As causas entre desnutrição e obesidade estão relacionadas a alimentação inadequada. Além disso, o IMC elevado pode ocorrer por sedentarismo, questões genéticas e alterações hormonais.
Não existe fórmula mágica capaz de garantir um emagrecimento rápido, efetivo e duradouro, pois estratégias bruscas, radicais e imediatistas dificilmente são mantidas por longo período.
O caminho é uma mudança geral no estilo de vida, especialmente na alimentação, além de investigar e tratar outras causas da obesidade. Geralmente, é necessário um tratamento multidisciplinar com nutricionistas, psicólogos e preparadores físicos, entre outros.
*Com informações de reportagem publicada em 03/04/2019.
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