Relatório global aponta hipertensão como maior causa de morte em 2019
O relatório GBD (Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study), divulgado no Lancet, indica as principais causas de morbimortalidade em 2019, ou seja, a quantidade de pessoas que morreram devido a uma doença específica.
De acordo com o relatório, a hipertensão foi a responsável por 10,8 milhões de mortes de homens e mulheres de diferentes faixas etárias.
Foram analisadas 286 causas de morte, 369 doenças e lesões e 87 fatores de risco em 204 países e territórios. A pesquisa avaliou separadamente as causas entre homens e mulheres e também quais eram as doenças que provocam mais mortes em ambos os gêneros.
O estudo mostrou que o uso do tabaco (e suas consequências ao organismo) é o principal motivo de mortalidade nos homens —causando 6,56 milhões de mortes; já as mulheres foram mais atingidas pela hipertensão, com 5,25 milhões de mortes.
Dados do relatório
Veja abaixo, as 10 principais causas e o número de mortes em 2019, de acordo com o relatório:
- Hipertensão - 10,8 milhões;
- Tabaco - 8,71 milhões;
- Riscos alimentares como consumir pouca fruta ou muito sal - 7,94 milhões;
- Poluição do ar - 6,67 milhões;
- Glicose plasmática em jejum elevada - 6,50 milhões;
- Índice de massa corporal elevado - 5,02 milhões;
- Nível elevado de colesterol LDL - 4,40 milhões;
- Disfunção renal - 3,16 milhões;
- Desnutrição infantil e materna - 2,94 milhões de mortes;
- Consumo de álcool - 2,44 milhões de mortes.
A pesquisa também mostrou as causas dos anos de vida perdidos por pessoa saudável ao ano (DALYs). Entre as doenças estão:
- doença isquêmica do coração
- derrames
- infecções respiratórias inferiores
- doenças diarreicas
- doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
- lesões causadas por acidentes de trânsito
- diabetes
- dor lombar
- anormalidades congênitas
Doenças podem ser prevenidas
Para os autores do relatório, o aumento da exposição aos principais fatores de risco como hipertensão, alto IMC (índice de massa corporal) e colesterol alto, além das mortes por doenças cardiovasculares, indica que o aumento da expectativa de vida nos próximos anos pode ficar comprometido.
De acordo com Christopher Murray, diretor do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington, EUA, líder da pesquisa, "a maioria desses fatores de risco é evitável e tratável, e lidar com eles trará enormes benefícios socioeconômicos".
De acordo com ele, a população não está conseguindo mudar comportamentos pouco saudáveis. "Em particular aqueles relacionados com a qualidade da alimentação, ingestão calórica e atividade física, em parte devido à falta de atenção regulatória e de financiamento para pesquisas sobre comportamento e saúde pública", completa.
O GBD
O GBD 2019 cobriu 204 países e territórios de 1990 a 2019. O estudo fornece uma base para percepções detalhadas e amplas sobre as tendências globais de saúde e desafios emergentes.
O GBD 2019 incorpora dados de 281.586 fontes e fornece mais de 3,5 bilhões de estimativas de resultados de saúde e medidas do sistema de saúde de interesse para o diálogo político global, nacional e subnacional.
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