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Menina ganha R$ 139 mil por descobrir remédio que pode curar a covid-19

Anika Chebrolu é a jovem pesquisadora de 14 anos que ganhou o prêmio de "Melhor Jovem Cientista da América de 2020" - Reprodução/3M
Anika Chebrolu é a jovem pesquisadora de 14 anos que ganhou o prêmio de 'Melhor Jovem Cientista da América de 2020' Imagem: Reprodução/3M

De VivaBem, em São Paulo*

20/10/2020 16h11

Anika Chebrolu, uma menina de 14 anos, ganhou o prêmio de Melhor Jovem Cientista da América de 2020 por descobrir um possível medicamento antiviral que pode se conectar ao Sars-CoV-2, causador da covid-19, e inviabilizá-lo. A jovem, que possui ascendência indiana, é estudante de uma escola no Texas, nos EUA.

A entrega do prêmio aconteceu na última quarta-feira (14) e, além do reconhecimento, a garota recebeu US$ 25 mil (cerca de R$ 139 mil) da comissão do prêmio, que visa motivar jovens a trabalharem com tecnologia, sendo organizado pela empresa 3M Company em parceria com o Discovery Education.

Na pesquisa, a jovem utilizou o método in-silico, de simulações no computador, na tentativa de rastrear as moléculas que conseguiriam se ligar à proteína Spike do Sars-CoV-2 e bloqueá-la. Ao bloquear a proteína, o microrganismo é impedido de infectar as células do corpo. Com isso, de acordo com os organizadores do prêmio, a descoberta pode ser uma possível droga eficaz no tratamento da covid-19.

Segundo especialistas, a proteína Spike é usada pelo coronavírus para entrar nas células e entendê-la é essencial para fabricar testes mais confiáveis e promover tratamentos eficazes contra a doença. Ela ainda é alvo dos anticorpos produzidos pelo sistema imunológico do ser humano contaminado pela covid-19.

Anika disse à CNN que seu projeto inicial era pesquisar sobre a Gripe Espanhola de 1918, mas tudo mudou quando sua orientadora, Mahfuza Ali, a motivou a mudar o tema de pesquisa para estudar a pandemia do novo coronavírus.

"Por causa da imensa gravidade da pandemia da covid-19 e do impacto drástico que ela causou no mundo em tão pouco tempo, eu, com a ajuda da minha mentora, mudamos a direção [do projeto] para atingir o vírus SARS-CoV-2", explicou.

A jovem diz que o objetivo dela é trabalhar com outros cientistas e pesquisadores que lutam para "controlar a morbidade e mortalidade" da pandemia do novo coronavírus, com descobertas que podem trazer uma cura real para o vírus.

"Meu esforço para encontrar um composto principal para se ligar à proteína de pico do vírus SARS-CoV-2. Pode parecer uma gota no oceano, mas ainda contribui para todos esses esforços. O modo como desenvolvo essa molécula com a ajuda de virologistas e especialistas em desenvolvimento de medicamentos determinará o sucesso desses esforços."

De acordo com a contagem oficial da Universidade Johns Hopkins, até ontem, havia mais de 40 milhões de casos confirmados e 1,1 milhão de mortes em decorrência da covid-19 em todo o planeta.