Osteoporose deixa os ossos mais fracos; verifique seu risco para a doença
Imagine não ser mais capaz de digitar ou escrever, de se levantar ou se locomover. Essas são algumas das consequências das fraturas decorrentes da osteoporose, uma doença que afeta 10 milhões de brasileiros, especialmente as mulheres no período posterior à menopausa. Hoje é o Dia Mundial da Osteoporose, que serve para conscientizar as pessoas sobre o problema e sua prevenção.
Considerada a doença óssea mais comum entre todas as que acometem o esqueleto, a osteoporose se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, o que faz que os ossos se tornem mais fracos e, portanto, mais suscetíveis a quebras.
Em todo o mundo, os esforços de cientistas e médicos têm sido no sentido de prevenir os desfechos mais frequentes como a fratura do antebraço, das vértebras e do quadril, que podem acontecer durante a prática de atividades do dia a dia como tossir ou curvar-se, também chamadas de fraturas de baixo impacto.
Calcule seu risco para osteoporose
Para saber se o seu risco de ter osteoporose está aumentado, a International Osteoporosis Foundation tem um teste simples em que bastam responder algumas perguntas para ficar alerta.
Na imagem abaixo você pode checar se os fatores de risco comuns para osteoporose e fraturas se aplicam à sua vida.
Como tratar a osteoporose
Quanto mais grave for a osteoporose, menor o sucesso do tratamento. A boa notícia é que dá para impedir novas fraturas. Embora a osteoporose seja uma condição crônica, em um primeiro momento, o tratamento não é medicamentoso e seu médico pode sugerir apenas algumas modificações no seu estilo de vida, tais como:
- Aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio ou suplementação do mineral, caso haja intolerância ou alergia a lácteos;
- Praticar atividade física regularmente (musculação, caminhada, pilates);
- Expor-se mais ao sol, especialmente perto das 13h -- sempre respeitando os cuidados determinados pelo seu médico;
- Consumir vitamina D por meio da dieta e/ou em doses personalizadas (no caso de suplementação).
Quando a osteoporose for confirmada, a fratura já aconteceu, aí os médicos têm à disposição as seguintes terapias com medicamentos:
Bisfosfonato: Disponível na rede pública, geralmente é consumido uma vez por semana ou uma vez por mês. É eficaz, mas não pode ser usado por mais de cinco anos seguidos. Pode ter efeitos colaterais em longo prazo, que são raros, mas têm sido relatados: a necrose do osso da mandíbula e um tipo diferente de fratura do fêmur que ocorre no meio da perna;
Denosumabe: É um tipo de terapia biológica que se faz por meio de aplicações subcutâneas. Trata-se de um anticorpo que ataca uma proteína relacionada à perda da massa óssea, bloqueando a absorção óssea e reduzindo o risco de fratura. Ele pode ser usado até por 10 anos ininterruptos, seu custo é mais elevado, porém, apresenta menor risco do que os decorrentes do uso prolongado dos bisfosfonatos. Esses resultados foram publicados no jornal médico Lancet Diabetes Endocrinology.
Anabólico: De uso subcutâneo diário, como a insulina, é indicado nos casos de osteoporose mais grave ou quando já houve uma fratura. Como tem ação anabolizante, ele age principalmente estimulando a formação de osso.
O que acontece se a osteoporose não for tratada?
O objetivo da triagem e do tratamento da osteoporose é identificar e tratar pessoas com risco aumentado de ter uma fratura. Esse grupo de pacientes se beneficiaria da intervenção para minimizar esse risco. As complicações esperadas após as fraturas incluem dor, deformidade, incapacidade e perda de altura.
A fratura mais temível é a do colo do fêmur. Além da incapacitante, ela se relaciona ao aumento da chance de mortalidade (20%) no primeiro ano após esse evento.
Dá para prevenir a osteoporose?
A perda óssea faz parte do processo natural do envelhecimento. O objetivo, então, é investir na saúde dos ossos desde a infância até a maturidade. Coloque em prática as seguintes dicas:
- Capriche no consumo de alimentos ricos em cálcio como o leite, queijos e iogurte. E pode, ser até os do tipo magros, que não perdem quase nada da concentração do nutriente;
- Exponha-se ao sol (bastam 15 minutos diários da luz solar);
- Pratique atividades físicas apropriadas para as suas condições de saúde, idade e peso. Os exercícios mais indicados são os de resistência (musculação), aeróbicos (caminhada e corrida) e pilates (aumenta a massa óssea e ainda melhora o alongamento). Essas práticas também trabalham o equilíbrio e os reflexos, o que ajuda a evitar quedas. A natação e o ciclismo não são esportes tão indicados, isso porque mantêm a musculatura, mas não oferecem impacto --que é importante para estimular a produção de massa óssea;
- Evite fumar;
- Modere o consumo do álcool;
- Fale com seu médico se já chegou a hora de fazer uma densitometria óssea, especialmente se você completou 45 anos ou está no período da menopausa;
- Certifique-se que os ambientes nos quais você circula sejam seguros e à prova de quedas. Livre-se de móveis que atrapalham a circulação, tapetes soltos e pouca iluminação.
*Com informações de reportagem de 20/08/2019.
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