Teste de linguagem poderá antecipar o risco de Alzheimer, diz estudo
Um teste simples de linguagem, desenvolvido por meio de inteligência artificial, poderá determinar com precisão quem está mais propenso a ter Alzheimer. É o que indica um estudo divulgado no eClinicalMedicine.
De acordo com os pesquisadores, o teste poderá prever em até 70% as chances de a pessoa desenvolver a demência anos antes do início do declínio cognitivo. E, até o momento, mostra-se mais preciso do que os exames tradicionais, como o neuropsicológico.
Como o estudo foi feito?
Os pesquisadores usaram dados de um outro estudo que contou com a participação demais de 5.000 pessoas —que realizaram durante décadas testes neuropsicológicos. Entre eles, destacava-se a descrição de uma imagem conhecida como "roubo de biscoitos" e que faz parte do Teste de Boston para o Diagnóstico de Afasia.
Os participantes tiveram que descrever por escrito uma imagem com 3 personagens em uma cozinha: uma mulher em uma pia, um menino enfiando a mão em um pote de biscoitos no armário e uma garota esperando para pegar o biscoito do garoto.
Em seguida, os cientistas avaliaram 703 amostras de 270 participantes e suas variáveis linguísticas por meio de inteligência artificial. Isso tudo para prever se um participante desenvolveria um comprometimento cognitivo leve e causaria o Alzheimer aos 85 anos ou antes.
Diagnóstico precoce no futuro
Os estudiosos acreditam que esses resultados poderão agilizar o diagnóstico de Alzheimer e monitorar a sua progressão.
"O resultado é que estamos encontrando marcadores minúsculos que, quando são colocados juntos, fornecem uma quantidade significativa de informações para prever a demência", afirma Guillermo Cecchi, autor do estudo.
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