Covid-19: quase 17% dos recuperados ainda podem carregar vírus, diz estudo
Aproximadamente 17% dos pacientes considerados recuperados da covid-19 ainda podem carregar o vírus em seus corpos, de acordo com um estudo publicado no periódico American Journal of Preventive Medicine nesta quarta-feira (28).
Os pesquisadores avaliaram 131 pessoas que se recuperaram da doença no período de 21 de abril a 21 de maio. O critério para entrarem na categoria de recuperados foi o mesmo da OMS (Organização Mundial da Saúde): o paciente deve estar sem febre (sem a ajuda de medicamentos) por três dias, apresentar melhora em quaisquer sintomas relacionados à covid-19 em pelo menos sete dias desde o início dos sinais, testar negativo para o vírus duas vezes, com pelo menos 24 horas de intervalo, em testes de PCR.
Nenhum dos pacientes apresentou febre e todos relataram melhora em seu estado clínico geral. Entretanto, ao serem testados, 22 (16,7%) deles apresentaram resultado positivo para a doença novamente.
Além disso, sintomas como fadiga (51%), dificuldade para respirar (44%) e tosse (17%) ainda estavam presentes entre os participantes. Entre os que testaram positivo para o vírus após a "recuperação", dois sintomas eram significativamente mais prevalentes do que o resto dos pacientes: dor de garganta (18% contra 4%) e sinais de rinite (27% contra 2%).
Dados importantes da pesquisa
- Não houve diferença significativa entre os pacientes com resultados de teste positivo e negativo em termos de idade ou sexo;
- Nenhum dos pacientes apresentou febre e todos relataram melhora em seu estado geral;
- O tempo desde o início da doença, o período de hospitalização e os tratamentos realizados durante a hospitalização não foram significativos;
- A média de idade dos participantes era de 55 anos;
- Os 22 pacientes com teste positivo para covid-19 foram aconselhados a seguir a quarentena mais uma vez;
- Nenhum familiar ou pessoa próxima dos pacientes com o vírus tiveram a doença;
- Todos os pacientes seguiram as medidas de distanciamento social e uso de máscaras faciais.
Por que o estudo é importante?
Ainda há poucas pesquisas realizadas com pacientes que se recuperaram da covid-19. O estudo mostra que há uma porcentagem considerável de pessoas que foram contaminadas e podem continuar sendo portadores da doença, mas de forma assintomática.
A pesquisa visa investigar as sequelas da covid-19 e sugere a necessidade da criação de protocolos de acompanhamento específicos para essas pessoas.
Os pesquisadores ainda não concluíram se a presença persistente de partículas de vírus signifique que a pessoa possa transmitir a covid-19. Por isso, os estudiosos reforçam a importância de ser cauteloso, mesmo após a cura da doença, ou seja, ainda usar a máscara facial e evitar o contato com outras pessoas.
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