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Estudo: Crianças têm anticorpos mais fracos do que adultos contra covid-19

Mais jovens conseguem reagir melhor à doença mesmo com resposta imune mais fraca - iStock
Mais jovens conseguem reagir melhor à doença mesmo com resposta imune mais fraca Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

06/11/2020 18h27

As crianças têm uma resposta imunológica mais fraca contra a covid-19 do que adultos. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, que se propôs a entender como os anticorpos que combatem a infecção pelo novo coronavírus diferem conforme a idade da pessoa contaminada.

Os anticorpos mais fracos, porém, não significam algo ruim. Ao contrário, a resposta exagerada do sistema imunológico tem sido apontada desde o início da pandemia como um dos principais fatores para o agravamento da doença. Nas crianças, a infecção se mostrou mais fraca do que em adultos, e por isso elas conseguem combater melhor o vírus e até se curarem mais rápido.

O estudo foi conduzido no Hospital da Universidade de Columbia e no Hospital Pediátrico Morgan Stanley, que também é ligado à instituição de Nova York. Foram analisadas 79 pessoas entre março e junho, período que marcou o pior momento da pandemia na cidade, a mais afetada pela covid-19 no país.

Entre os mais jovens, foram acompanhados pacientes de três a 18 anos de idade. Já os adultos tinham entre 19 e 84 anos e apresentaram diferentes graus de gravidade da doença, desde sintomas leves até pessoas que precisaram ser tratadas na UTI.

O que ficou comprovado é que o sistema imunológico das crianças reage de maneira mais eficiente e produz menos anticorpos contra uma proteína que o novo coronavírus usa para infectar células humanas. A capacidade já não é identificada em adultos jovens, mesmo na casa dos 20 anos, se limitando às crianças.

Por outro lado, os pesquisadores lembram no estudo que uma parcela das crianças sofre com o que chamam de "síndrome inflamatória multissistêmica", podendo evoluir para quadros mais graves da doença. O agravamento apresenta semelhanças com a síndrome de Kawasaki, que causa problemas cardiovasculares.