Obeso aos 17 anos, ele tentou várias dietas e secou 33 kg com menu flexível
Matheus Alves Rufino da Costa, 18, foi obeso desde pequeno e nunca conseguiu seguir as orientações das nutricionistas para emagrecer. Após atingir 108 kg, ele decidiu tentar mudar mais uma vez e encontrou uma profissional que sugeriu uma dieta sem alterações radicais. Mesmo sem confiança de que perderia peso, ele seguiu o plano à risca e em 11 meses chegou a 75 kg
"Aos quatro anos eu já era uma criança gordinha. Na escola, meus colegas faziam piadinhas que me deixavam chateado, mas eu não retrucava. Meus pais viviam na escola pedindo aos professores para orientar os meninos a não fazer bullying comigo.
Dos 11 aos 17 anos, fui em seis nutricionistas. Com exceção da última, todas disseram a mesma coisa, que eu tinha que parar de consumir todas as coisas gostosas que eu adorava: doces, salgados, refrigerante. Isso me deixava muito nervoso. Eu lembro que, quando minha mãe trocava a bolacha recheada pela de cereal, eu ficava emburrado e dizia que não aguentava mais a dieta.
Eu até comia "comida de verdade" no almoço, o problema era o excesso. Colocava cinco colheres de arroz, quatro de feijão, de três a quatro carnes e não comia nenhum tipo de verdura ou legumes. Pelo menos quatro vezes por semana, eu jantava esfiha ou pizza.
Praticar esportes regularmente não me impediu de chegar aos 100 kg aos 14 anos de idade. A pior coisa para mim em estar gordo eram as roupas. Eu tinha uma mania de fazer comparações e de imitar o que as outras pessoas usavam. Um exemplo. Sou fã do Neymar e um dia vi que ele foi a uma festa de terno. Eu tinha um casamento para ir e fiquei me imaginando com o mesmo terno que ele. Tentei procurar um parecido, mas a roupa ficou horrível no meu corpo, toda apertada.
Outra situação ruim era a baixa autoestima. Eu sentia vergonha de mim e do meu corpo. Teve uma vez que me interessei por uma garota, mas ao ver que tinha um cara magro na disputa, desisti de tentar algo, pois pensei: 'Sou gordo, não tenho a menor chance'.
No Natal de 2018, eu e a minha família viajamos para um resort em Cancun, no México. Como a comida era à vontade, eu comi de tudo e ganhei alguns quilos. Ao voltar para casa em janeiro de 2019, fui me pesar e estava com 112 kg. Fiquei chocado com o meu próprio peso e vi que precisava emagrecer urgentemente. Comecei a treinar na academia do prédio e consegui eliminar 4 kg em alguns meses.
Em julho, fiz uma outra viagem e fiquei assustado ao me ver nas fotos. Mesmo tendo perdido um pouco de peso na academi, percebi que ainda estava muito gordo e me senti mais feio do que nunca. Decidi então que era hora de mudar, eu estava com 17 anos e 108 kg.
No dia 12 de agosto de 2019, passei na sexta nutricionista. Diferentemente das outras profissionais, essa não montou um plano alimentar radical. Ela foi mais flexível comigo, propôs mudanças sutis que fizeram toda a diferença. Em vez de cortar tudo de uma vez, diminuiu a quantidade de alguns alimentos e bebidas e sugeriu que eu acrescentasse outros.
Por exemplo: em vez de cinco colheres de arroz branco, eu tinha que comer apenas duas de arroz integral e incluir salada à vontade. Em vez de tomar refrigerante todos os dias, eu podia inicialmente tomar só aos finais de semana e ir reduzindo o consumo, até chegar ao ponto de não beber mais. Em vez de comer chocolate ao leite, comia o chocolate 70% cacau.
Quando a nutricionista me disse que eu precisaria emagrecer 25 kg para chegar ao peso ideal para a minha altura (tenho 1,83 m), eu falei para ela que seria impossível, que iria tentar, mas que achava bem difícil. Confesso que saí do consultório sem confiança, mas decidi que dessa vez iria me empenhar e manter o foco total nesse objetivo.
Antes de treinar, eu sempre lia alguma frase motivacional. Uma que me marcou bastante foi:
Para ter algo que você nunca teve é preciso fazer algo que você nunca fez"
Incorporei a ideia e basicamente mudei minha rotina, minha alimentação e meu treino para alcançar o corpo que eu sonhava.
Com foco no plano alimentar montando pela nutricionista e fazendo musculação cinco vezes por semana, eliminei 6 kg nos dois primeiros meses. Algo que me ajudou foi que eu tinha um acompanhamento diário da nutricionista por meio de um aplicativo. Eu tirava fotos de todas as minhas refeições e compartilhava no app. A nutri via e fazia comentários do tipo: 'Tem muito arroz ou precisa de mais salada'.
Outra coisa que funcionou comigo foi não ter contado para outras pessoas que eu estava fazendo dieta —com exceção dos meus pais. Eu ficava muito desanimado quando ia comer alguma coisa e a pessoa sabia que eu estava de dieta e dizia: 'Ah, você tem que comer menos' ou 'Você não pode comer isso'. Então, preferi guardar segredo para não ter de ficar escutando palpites que poderiam me fazer pensar que eu estava no caminho errado.
Com o fechamento das academias por causa da pandemia no início deste ano, passei a correr na rua com o meu pai, duas vezes na semana. No início, fazia uma corrida leve de 20 a 30 minutos e agora já consigo completar 16 km. Também voltei a praticar tênis de quadra.
Com todas essas mudanças, superei a meta da nutricionista e sequei 33 kg em 11 meses. Fui dos 108 kg aos 75 kg. Hoje, eu me sinto bonito, realizado, mais disposto e saudável. Meu objetivo é ficar com um corpo mais atlético, como o do jogador de futebol Cristiano Ronaldo. Ele é um dos meus maiores ídolos.
Àqueles que estão tentando emagrecer mas acham que não são capazes, eu digo que o pontapé inicial é o mais difícil, mas é prazeroso quando os resultados aparecem. A essas pessoas eu deixo uma frase que até hoje me motiva: "Se você pode sonhar, você pode conseguir."
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