IBGE: 30% dos brasileiros se disseram fisicamente ativos em 2019
Divulgada hoje (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) 2019 volume 4 analisa a percepção dos entrevistados sobre o seu estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal.
A publicação aponta que, durante o ano, 30,1% dos brasileiros com 18 anos ou mais praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer —34,2% dos homens e 26,4% das mulheres.
Seis anos antes, em 2013, a média foi de 22,7%, enquanto os percentuais de homens e mulheres foram de 27,3% e 18,6%, respectivamente.
De acordo com a pesquisa, são considerados indivíduos fisicamente ativos no lazer aqueles que realizam qualquer prática de atividade física fora do âmbito da escola ou trabalho, por exemplo, por mais de 150 minutos (para atividades consideradas moderadas) ou 75 minutos (para atividades consideradas vigorosas) na semana.
São exemplos de atividades físicas moderadas: caminhada, musculação, hidroginástica, dança, entre outros. Como exemplos de atividades físicas vigorosas, temos: corrida, basquete, futebol, ginástica aeróbica, tênis, por exemplo.
Atividade física no trabalho
Os indivíduos fisicamente ativos no trabalho são aqueles que andam a pé, fazem faxina pesada, carregam peso ou realizam outra atividade que requeira esforço físico intenso e esteja vinculada ao exercício de seu trabalho por 150 minutos ou mais na semana.
No país, 42,6% das pessoas de 18 anos ou mais de idade eram fisicamente ativas no trabalho. Dentre os adultos que moravam na área urbana, 40,1% praticavam 150 minutos de atividade no trabalho e dentre os que viviam em área rural, eram 60,0%. A frequência dos homens para este domínio foi de 49,2%, enquanto das mulheres foi de 34,4%.
Exercícios no deslocamento
São considerados indivíduos que praticam o nível recomendado de atividade física no deslocamento aqueles que se deslocam para atividades habituais, como o trabalho, ou escola, ou curso, ou levar alguém para estes lugares de bicicleta ou caminhando e que despendem pelo menos 30 minutos diários no percurso de ida e volta. No Brasil, a proporção foi de 31,7%.
Prática durante atividades domésticas
No domínio das atividades domésticas, estimou-se que 15,8% das pessoas de 18 anos ou mais de idade praticavam atividade física por no mínimo 150 minutos semanais, tais como faxina pesada ou atividades que requerem esforço físico intenso.
Este indicador mostrou-se fortemente concentrado no público feminino no qual 21,8% praticavam 150 minutos de atividade física nas tarefas domésticas, enquanto no público masculino foi de 9,1%. O percentual em domicílios urbanos foi muito próximo dos rurais, 15,9% e 15,1%, respectivamente.
Dados sobre alimentação
Além de informações sobre os hábitos de prática de exercícios, a pesquisa também traz dados sobre a alimentação dos brasileiros. Em 2019, o percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade que tiveram o consumo recomendado de frutas e hortaliças foi de 13%. Este percentual variou de 9%, na região Nordeste, a 16% na Sudeste.
Já o consumo regular (em cinco ou mais dias da semana) de feijão, alimento comum nos pratos dos brasileiros, foi referido por 68,3% das pessoas. A região Norte foi a que apresentou a menor proporção (48,1%), seguida pela Sul (55,4%), enquanto as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram proporção de pessoas com consumo regular de feijão acima dos 70% (71,8%, 73,1% e 75,2%, respectivamente).
Hábitos pouco saudáveis
Dentre os marcadores de padrão alimentar não saudável estão o consumo regular de refrigerantes, o consumo de sucos de caixa ou lata e refrescos e de alimentos açucarados, o hábito de substituir refeições por lanches e o consumo excessivo de sal.
Foi considerado consumo regular de refrigerante quando o entrevistado referiu beber refrigerante em pelo menos cinco dias da semana. No Brasil, 9,2% das pessoas de 18 anos ou mais de idade consumiam regularmente refrigerantes.
No Brasil, em 2019, 23,7% das pessoas de 18 anos ou mais de idade consumiram cinco ou mais grupos de alimentos não ou minimamente processados.
A proporção de pessoas que consumiram cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados, como bebida achocolatada ou iogurte com sabor; salgadinho de pacote ou biscoito, bolo e embutidos, como salsicha e presunto, foi de 14,3%, para Brasil.
Consumo de bebida alcoólica
O percentual da população com 18 anos ou mais de idade que costumava consumir bebida alcoólica uma vez ou mais por mês, no Brasil, foi de 30%, variando de 20,5% na região Norte a 35,6% na região Sul.
A condução de veículo motorizado após o consumo de bebidas alcoólicas, é fator de risco para ocorrência de acidentes de trânsito. A pesquisa estimou a proporção de indivíduos que conduziram veículo motorizado, carro ou motocicleta, após o consumo de bebida alcoólica, independentemente da quantidade de bebida consumida. Este percentual, para o Brasil, foi de 17% variando de 14,8% nas regiões Sul e Sudeste a 23,4% na região Norte.
Na área rural a proporção (22,5%) era maior que na área urbana (16,2%). Entre as pessoas que dirigiam carro ou motocicleta, o consumo de bebida alcoólica seguido de direção automotiva foi maior entre homens (20,5%) do que entre as mulheres (7,8%).
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