"Perdi 45 kg ao tratar meu vício em comida e me apaixonei por exercícios"
A professora de educação infantil Ana Luiza Marques, 30 anos, fez várias dietas durante a vida, todas sem sucesso. Ela só obteve resultado no emagrecimento quando entendeu que sofria de compulsão alimentar. Abaixo, ela conta como consegui ir de 106 kg para 61 kg:
"Comecei a engordar e batalhar contra o ganho de peso aos 8 anos. Nas aulas de educação física tinha aquela coisa de se pesar na frente de toda a classe e, a cada vez, era um constrangimento. Uns anos depois, entrei no círculo vicioso que quase todos que tentam emagrecer conhecem bem: fazia dieta por um tempo, perdia um pouco de peso e desencanava. Não levava a mudança alimentar a sério e engordava duto novamente.
Por quase toda a minha vida, passei longe da balança. Também não tirava foto, não me olhava no espelho, não saía de casa por não me sentir bem com meu corpo. Eu me incomodava com a minha pessoa. Não gostava de fazer atividade física. Dizia que era muito gorda, que não queria ficar suada.
Além disso, comia muita besteira o tempo todo. Escolhia sempre o mais fácil na hora de me alimentar. Tinha semanas que eu ia três vezes no McDonald's. Vivia em restaurantes e descontava todos os meus sentimentos na comida. Se estava feliz, triste, ansiosa ou eufórica, ia comer.
Apesar de o peso sempre me incomodar há certo tempo, o que me ajudou a encontrar forças para mudar foi a morte do meu pai, em abril de 2018. Ele sofria de alcoolismo e morreu atropelado voltando de um bar. De certa forma, eu tinha um problema parecido com o dele e também sofria com o vício —mas só descobri isso depois. Enquanto me pai era viciado em bebida, eu era em comida.
Além da questão do meu pai, o que despertou a mudança é que eu cansei de ser gorda. Não gostava de mim, minha autoestima era baixíssima, não via quem eu era, cheguei no meu limite. Cansei, precisava de alguma coisa para mudar. Estava com 106 kg e fiquei sabendo da história de uma amiga que emagreceu bastante após passar por um tratamento multidisciplinar na Clínica Paulo Buosi, em São Paulo. Peguei o exemplo dela como inspiração.
Eu ainda não sabia que eu compulsiva por comida. Até sabia que existia compulsão alimentar, mas nunca passou pela minha cabeça que eu tinha o problema. Só descobri quando iniciei o processo para perder peso e me consultei com uma psicóloga.
A nutricionista me passou uma dieta que segui à risca. Eu me organizei para manter o plano alimentar e tive muita disciplina. Quando minha família ia a um restaurante em que não havia opções saudáveis, por exemplo, eu ficava em casa. Se tinha um aniversário, eu ia, mas não comia e ficava pouco tempo. Eu levei esse processo de forma muito tranquila.
Claro que o início foi bem difícil, um baque. Uma das coisas mais complicadas foi parar de comer hambúrguer. Eu era viciada em fast-food. Hoje, como às vezes, mas procuro evitar, pois é uma coisa que gosto muito e pode ser um gatilho para minha compulsão alimentar.
Quando comecei a emagrecer, tive ganhos de autoestima: passei a me sentir bem comigo mesma e conseguia tirar fotos. Isso me motivou muito a continuar no processo. Hoje, sou uma pessoa muito mais tranquila e calma, menos explosiva. Também sou mais empática. Os ganhos psicológicos foram muito importantes. E os grupos terapêuticos da clínica me ajudaram muito a seguir firme na dieta.
Em junho de 2019, atingi a minha meta e cheguei a 61 kg, depois de oito meses de tratamento. Durante esse período, não fiz nenhum tipo de atividade física. Mas, ao chegar no peso planejado, a nutricionista disse que eu tinha de começar a fazer musculação, pois precisava ganhar a massa magra que tinha perdido com o emagrecimento.
Quando estava acima do peso, eu não gostava de exercícios. Porém, fui treinar e dessa vez curti muito. Além da musculação, eu fazia aula de bike, que curto bastante. Em pouco tempo eu vi resultados. Percebi que a atividade física me faz bem, antes eu fazia cinco minutos e estava morta, era uma sensação horrível. Mas, agora, tenho prazer.
Como forma de comemorar minha conquista, participei de uma corrida de 5 km com uma amiga que fiz na clínica. Estava um dia muito quente, exaustivo, mas terminei a corrida bem, coisa que jamais imaginei acontecer.
Depois de perder 45 kg, troquei o meu guarda-roupa inteiro. Mas eu demorei muito para conseguir comprar uma peça nova. Entrava no shopping e não levava nada. Na verdade, eu não sabia o que cabia em mim. Daí, ia no provador com três blusas: P, M e G. Só depois de um ano encontrei meu estilo. Foi um processo difícil. Agora que eu estou entendendo e me sinto muito bem."
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