Inglaterra vai realizar exame de sangue que detecta 50 tipos de câncer
Um exame de sangue capaz de detectar mais de 50 tipos de câncer, inclusive em estágios iniciais, será testado na Inglaterra, por meio de um programa da NHS (National Health Service), o serviço público de saúde do país. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (27) e, segundo o órgão nacional, o teste é considerado "potencialmente revolucionário".
O sistema de saúde britânico informou que 165 mil pessoas vão participar do teste, conhecido como Galleri, em "meados de 2021". Se o programa mostrar que o exame também funciona para pessoas sem sintomas, ele será implementado e ficará disponível rotineiramente à população.
A NHS informou que os exames serão realizados da seguinte maneira:
- As pessoas serão identificadas por meio dos registros do serviço público de saúde e convidadas a participar;
- Das 165 mil pessoas, 140 mil terão idade entre 50 e 79 anos e não devem apresentar sintomas. Eles farão exames de sangue durante três anos;
- As 25 mil restantes serão pessoas com possíveis sintomas de câncer que também farão o exame para acelerar o diagnóstico;
- Qualquer pessoa com teste positivo será encaminhada para investigação na NHS.
Se até 2023 os resultados provarem que o teste funciona, a NHS vai recrutar cerca de um milhão de pessoas para uma testagem mais ampla em 2024 e 2025.
O exame de sangue, que verifica as alterações moleculares, foi desenvolvido pela Grail, uma empresa da Califórnia (EUA) que está usando ciência e tecnologia para encontrar maneiras de identificar o câncer em seus estágios iniciais. O teste pode ajudar na detecção precoce e, consequentemente, reduzir a mortalidade causada pela doença.
"A detecção precoce —especialmente para doenças difíceis de tratar, como o câncer de ovário e o pancreático — tem o potencial de salvar muitas vidas. Este promissor teste de sangue pode, portanto, ser uma virada de jogo no tratamento do câncer, ajudando milhares de pessoas a obter um tratamento bem-sucedido", disse Simon Stevens, chefe executivo da NHS da Inglaterra, em comunicado à imprensa.
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