Conscientização sobre câncer de pele deve começar na infância, estimula SBD
Dezembro está batendo na porta e, com o último mês do ano, acontece a campanha Dezembro Laranja, promovida pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) há sete anos, e que objetiva falar sobre prevenção e informação sobre câncer de pele. O mote para 2020 é que câncer da pele é coisa séria e que a conscientização deve começar ainda na infância.
O diagnóstico precoce pode permitir o tratamento de forma eficaz e proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente. Com os slogans "Câncer de pele é coisa séria!", "Um pequeno sinal pode ser câncer de pele!", "Uma ferida pode ser câncer de pele!" e "Uma mancha pode ser câncer de pele!", a SBD quer chamar a atenção para a gravidade da doença, que pode acometer qualquer região do corpo, inclusive a palma das mãos, planta dos pés, unhas, genitais e couro cabeludo.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2020 os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não-melanoma) responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano.
Já o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente. "Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Na campanha deste ano, queremos compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada uma", afirma Sérgio Palma, presidente da SBD.
A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.
Exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele.
Segundo o coordenador da campanha, Elimar Gomes, "qualquer um de nós pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas como as de pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. Estas pessoas precisam de um cuidado a mais com a pele e de avaliação frequente de um médico dermatologista", frisa o especialista.
É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam, pois podem ser sinal de câncer de pele. "O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces. Ao notar algum dos sintomas, procure um médico especialista em dermatologia", orienta Gomes.
Jade Cury Martins, coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, dá outras dicas de diagnóstico e prevenção ao câncer de pele: "É importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões em que não é possível reconhecer sozinho. Além disso, sempre que for necessário se expor ao sol, não esqueça de proteger as áreas descobertas do corpo, mesmo em dias frios e nublados".
Sobre o câncer da pele
Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular —chamados de câncer não-melanoma— e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente.
Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.
Carcinoma basocelular: É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifesta por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.
Carcinoma espinocelular: É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causam dor e possuem sangramentos.
Câncer de pele melanoma: Apesar de corresponder a apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave, pois pode provocar metástase rapidamente e levar à morte. É conhecido pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rápido. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.
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