Inteligência artificial pode apontar quais drogas matam células de câncer
Para o tratamento de câncer, além de cirurgias, podem ser utilizados vários tratamentos como quimioterapia, radioterapia, diferentes combinações de medicamentos, ou ambos. No entanto, essas drogas, além de caras, são experimentais, ou seja, não há um padrão que melhore a eficácia e garanta a diminuição dos efeitos colaterais durante o tratamento. Mas essa realidade pode mudar.
Um estudo realizado por pesquisadores de universidades da Finlândia e publicado na revista Nature Communications utilizou um novo método de machine learning e mostrou que é possível identificar as melhores combinações para matar seletivamente as células cancerígenas com composição genética ou funcional específica.
Os pesquisadores desenvolveram um modelo de inteligência artifical que prevê como as combinações de medicamentos contra o câncer matam as células cancerígenas. "O modelo dá resultados muito precisos. Por exemplo, os valores do chamado coeficiente de correlação foram mais de 0,9 em nossos experimentos, o que aponta para uma confiabilidade excelente", conta o professor Juho Rousu, da Aalto University (Finlândia). "Em medições experimentais, um coeficiente de correlação de 0,8/0,9 é considerado confiável", completa.
Para chegar a esta conclusão, eles utilizaram estudos anteriores que investigaram a relação das células com os medicamentos. "O modelo aprendido pela máquina é, na verdade, uma função polinomial familiar da matemática escolar, mas muito complexa', diz o professor Rousu.
Os resultados são uma novidade e não foram observados anteriormente em outro estudo.
Por que este estudo é importante?
Os especialistas ressaltam que saber quais combinações de medicamentos funcionam com precisão vai ajudar no tratamento de todos os pacientes, uma vez que não haverá mais a necessidade de combinações experimentais.
"Isso ajudará os pesquisadores de câncer a priorizar quais combinações de drogas escolher entre milhares de opções para pesquisas futuras", disse o pesquisador Tero Aittokallio, do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Helsinque, na Finlândia.
Além disso, a pesquisa pode avançar e ajudar em outros tratamentos que precisam de medicações combinadas, como infecções, por exemplo. Os pesquisadores também acreditam que estudos como esse ajudam a entender como essas combinações medicamentosas podem matar as células que foram infectadas pelo novo coronavírus.
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