Novos dados da vacina de Oxford serão usados em pedido de uso emergencial
Lily Yin Weckx, coordenadora dos testes da vacina de Oxford no Brasil, comemorou a divulgação dos novos dados sobre a vacina produzida pela farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. As informações foram publicadas pela revista científica Lancet e mostram que o imunizante tem uma eficácia de cerca de 70%. Com isso, segundo Lily, será possível fazer o pedido de uso emergencial para Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
"Podemos submeter à Anvisa mais esses dados e solicitar uso emergencial. O que já temos feito é submissão contínua. Enviamos os primeiros dados e com mais esses dados vamos possibilitar à Anvisa fazer análise dos resultados e ver se comporta o uso emergencial. Acho que estamos precisando muito nesse momento", disse Lily, em entrevista à Globonews.
A principal vantagem, segundo a coordenadora, é que essa vacina é mais adequada para utilização no Brasil, por causa da forma de conservação. Afinal ela pode ser transportada e conservada em geladeiras convencionais. Outros imunizantes contra covid-19 precisam ser guardados sob temperatura de -20° ou -70°C.
"É uma vacina muito adequada para nós. É uma vacina que podemos utilizar no PNI e distribuir para toda a população. Esses são fatores que tornam a vacina viável para utilização. Temos vacinas excelentes com dificuldades de distribuição pela forma de conservação. Mas essa vacina não traz dificuldade nesse sentido. Então pode começar a utilizar assim que for aprovada pela Anvisa", celebrou Lily.
O governo federal diz que tem um acordo para compra de 260 milhões de doses da vacina de Oxford. Cerca de 100 milhões devem chegar no 1º semestre. E depois virão mais 160 milhões.
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