Saúde intestinal pode estar relacionada ao nível de vitamina D, diz estudo
Um estudo realizado somente com homens idosos mostrou que a composição do microbioma intestinal está relacionado aos níveis de vitamina D, que é importante para a saúde e a imunidade óssea. O resultado foi publicado na revista Nature Communications no dia 26 de novembro.
"Acredita-se que uma maior diversidade do microbioma intestinal esteja associada a uma saúde melhor em geral", disse Deborah Kado, autora sênior do estudo, diretora da Clínica de Osteoporose na UC San Diego Health, em um comunicado à imprensa.
O microbioma intestinal é composto por bactérias, vírus e outros micróbios que vivem no trato digestivo. Eles são importantes para a manutenção e prevenção da saúde intestinal.
Os pesquisadores analisaram amostras de fezes de 567 homens, em seis cidades diferentes dos Estados Unidos. A idade média dos participantes foi de 84 anos, que avaliaram sua própria saúde como boa ou excelente, além de estarem ativos fisicamente.
A vitamina D vem em diferentes formas, mas os exames de sangue padrão detectam apenas um precursor inativo que pode ser armazenado pelo corpo. Para usar a vitamina D, o corpo deve metabolizar o precursor em uma forma ativa, explicaram os pesquisadores.
E quais foram os resultados?
O estudo concluiu que os níveis de vitamina D estavam intimamente ligados à saúde intestinal. "Ficamos surpresos ao descobrir que a diversidade do microbioma —a variedade de tipos de bactérias no intestino de uma pessoa— estava intimamente associada à vitamina D ativa, mas não à forma precursora", disse Kado.
Além disso, os pesquisadores também descobriram que 12 tipos específicos de bactérias eram mais comuns nos microbiomas intestinais de homens com muita vitamina D ativa.
A maioria desses 12 tipos produz um ácido graxo chamado butirato, que ajuda a manter a saúde do revestimento intestinal. Já um grande ensaio clínico randomizado, com mais de 25 mil adultos, concluiu que tomar suplementos de vitamina D não tem efeito sobre a saúde.
"Nosso estudo sugere que pode ser porque esses estudos mediram apenas a forma precursora da vitamina D, ao invés do hormônio ativo", disse Kado. "Medidas de formação e degradação de vitamina D podem ser melhores indicadores de problemas de saúde subjacentes e quem pode responder melhor à suplementação de vitamina D", acrescenta.
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