Vacina de Oxford contra covid-19 tem 70% de eficácia em estudo da fase 3
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca apresentou uma eficácia média de 70,4% na fase 3 (última etapa) de testes, de acordo com dados preliminares publicados na revista científica The Lancet.
A eficácia do imunizante chegou a 90% em um pequeno grupo que tomou meia dose na primeira aplicação, mas 62% para a maioria, que tomou a dose completa na primeira aplicação e no reforço.
"Hoje nós temos a satisfação de ter os primeiros resultados de uma vacina covid de fase 3 publicada numa revista científica, após revisão pelos pares. São dados cientificamente aprovados para divulgação", declarou a coordenadora dos testes da vacina de Oxford no Brasil, Lily Yin Weckx, em entrevista à GloboNews na tarde de hoje.
Sem casos graves
Yin Weckx relatou que não houve casos graves de covid-19 nos voluntários que foram imunizados durante a fase de testes. "Isso é um dado extremamente importante, que vai nos dar proteção contra formas graves e hospitalização."
No final de novembro, a AstraZeneca reconheceu que houve um erro na dosagem da vacina e voluntários que receberam meia dose e, depois de um mês, uma dose inteira da vacina tiveram uma resposta imunológica mais satisfatória.
O governo brasileiro possui um acordo com o laboratório e a Universidade de Oxford para a compra de 100 milhões de doses da vacina, cujos testes também foram feitos no Brasil. Com a possibilidade de usar uma dosagem menor da vacina na primeira aplicação, a expectativa é que o acordo contemple 130 milhões de doses da vacina.
O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que a farmacêutica começou a enviar dados às autoridades regulatórias em todo o mundo para obter a aprovação antecipada do imunizante.
"Nossas cadeias de suprimentos globais estão funcionando, prontas para começar rapidamente a entregar centenas de milhões de doses", disse ele, em um comunicado divulgado pela Universidade de Oxford.
Uso emergencial no Brasil
A coordenadora dos testes da vacina de Oxford no Brasil afirmou que com esses dados é possível submeter à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um pedido de autorização para o uso emergencial da vacina no país.
"Enviamos os primeiros dados e com mais esses dados vamos possibilitar à Anvisa fazer a análise dos resultados que [a vacina] tem até hoje e ver se comporta uso emergencial. Acho que estamos precisando muito nesse momento", disse Yin Weckx à GloboNews.
De acordo com ela, assim que a vacina for aprovada pela Anvisa ela poderá ser incluída no PNI (Programa Nacional de Imunização) e disponibilizada para a população brasileira.
"Temos vacinas excelentes [no mercado] com dificuldades de distribuição pela forma de conservação. Mas essa vacina [de Oxford] não traz dificuldade nesse sentido. Então, pode começar a utilizar assim que for aprovada pela Anvisa", disse. (Com informações da Reuters)
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