Estudo: Covid diminui expectativa de vida na Inglaterra e no País de Gales
A pandemia do novo coronavírus reduziu a expectativa de vida na Inglaterra e no País de Gales em cerca de um ano, segundo um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Oxford.
A pesquisa, publicada pelo jornal britânico The Guardian, concluiu que a expectativa de vida ao nascer caiu 0,9 e 1,2 anos para mulheres e homens em relação aos níveis de 2019, respectivamente.
A expectativa de vida era de 83,5 para mulheres e 79,9 para homens em 2019. Em 2020, esses números caíram para 82,6 e 78,7, respectivamente.
"Para colocar isso em perspectiva, a expectativa de vida de homens e mulheres regrediu aos níveis de 2010", escreveram os cientistas no estudo, que está sob revisão por pares.
"Se você olhar para os indicadores de expectativa de vida em países de alta renda ao longo do século 20, é realmente uma história de tendência ascendente. O que estamos vendo agora é uma grande interrupção do tipo de magnitude que não víamos há muito tempo ... foi um verdadeiro choque", disse ao jornal Ridhi Kashyap, professor associado de demografia social da Universidade de Oxford, um dos autores do estudo.
A expectativa de vida no nascimento (LEB, na sigla em inglês) é definida como quanto tempo, em média, um recém-nascido pode esperar viver, se os padrões de mortalidade no momento de seu nascimento se mantiverem no futuro.
A análise do estudo foi baseada no cálculo de mortalidade excessiva — o número de mortes acima do que seria esperado em um ano normal com base na média de 10 anos (de 2010 a 2019) — e abrangeu todas as mortes, incluindo aquelas em decorrência da covid-19.
Eles verificaram os dados da semana iniciada em 2 de março, na qual a primeira morte por covid-19 foi registrada na Inglaterra e no País de Gales, até a semana encerrada em 20 de novembro e descobriram que ocorreram 57.419 "mortes extras", um aumento de cerca de 15% em comparação com o nível que era esperado em 2020.
O Reino Unido é formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Na semana passada, o governo se tornou o primeiro no Ocidente a autorizar uma vacinação contra a covid-19. As doses fabricadas pela aliança entre a Pfizer e a alemã BioNTech começaram a ser aplicadas nesta semana.
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