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Rússia diz que vacina Sputnik confirmou 91,4% de eficácia contra covid-19

Sputnik, a vacina russa contra o coronavírus - Divulgação
Sputnik, a vacina russa contra o coronavírus Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

14/12/2020 11h36Atualizada em 14/12/2020 12h34

O governo russo e o Centro Gamaleya anunciaram hoje que sua vacina contra a covid-19, a Sputnik V, tem uma eficácia de 91,4%, segundo relatório final da fase 3. Foi o terceiro anúncio sobre a eficiência do imunizante contra o novo coronavírus - os outros dois, eram análises parciais da última fase de testes com voluntários.

Os dados de hoje ainda não foram revisados e publicados em uma revista científica.

Na primeira vez em que o governo divulgou resultados de eficácia, 20 testados tinham se infectado com covid-19. Naquele momento, a vacina apontou 92% de eficácia. Depois, com 39 infectados entre os testados, a eficácia ficou em 91,4%.

É o mesmo resultado apresentado agora, quando foram registrados 78 casos de covid-19 entre as 22.174 pessoas que participaram dos testes. Entre as 78 pessoas infectadas, 62 não tomaram a vacina, mas sim um placebo. Entre essas, 20 casos graves foram registrados.

As outras 16 pessoas que testaram positivo para o coronavírus tomaram a vacina, mas nenhum dos infectados evoluiu para um caso grave. Isso significa que, por enquanto, a Sputnik V tem 100% de eficácia na prevenção de quadros graves de covid-19.

A Rússia informou também que nenhum evento adverso inesperado foi identificado como parte da pesquisa. E afirmou que os ensaios clínicos foram conduzidos em conformidade com os melhores padrões e práticas internacionais.

Com base nestes dados, o Centro Gamaleya elaborará um relatório que será utilizado para pedir o registro emergencial da vacina Sputnik V em vários países. Recentemente, a Argentina anunciou que comprará esse imunizante. O governo brasileiro, ao menos por enquanto, não tem qualquer acordo de intenção de compra da vacina russa.