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Estou no meio da cartela da pílula, mas continuo menstruando; é normal?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

22/12/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Os sangramentos intermenstruais ou escape menstrual é quando há um sangramento mínimo no decorrer do ciclo menstrual
  • Algumas pílulas têm maiores chances de oferecer esse sangramento, principalmente as com baixas quantidades de hormônios
  • Mas sempre que houver mais de um sangramento por mês, é preciso ir ao ginecologista e realizar exames para descobrir as causas
  • Sangrar fora do período menstrual também pode ser sinal de gravidez, estresse, pré-menopausa, síndrome do ovário policístico ou problemas na tireoide

Os sangramentos intermenstruais, também conhecidos como "escape", ocorrem quando há uma diminuição dos hormônios no organismo, o que pode provocar a descamação do endométrio e o sangramento antes do fim da cartela de comprimidos.

Ele é considerado normal quando há mudanças de contraceptivo ou quando a mulher toma pílulas com menor dose. É importante que a mulher preste atenção ao seu corpo, para ver como ele reage ao anticoncepcional. Isso porque, algumas vezes, existem efeitos colaterais iniciais que podem acontecer no primeiro ou segundo mês e que, na maioria das vezes, desaparecem depois de três meses de uso.

Mas o sangramento fora do período menstrual também pode ser sinal de gravidez, estresse, pré-menopausa, síndrome do ovário policístico ou até problemas na tireoide.

O alerta só precisa acontecer caso o sangramento for mais forte e persista por mais do que três dias. Então, é importante ir ao ginecologista e fazer um exame de diagnóstico, para identificar se a causa tem relação com o anticoncepcional ou se há algum outro problema hormonal.

Fontes: Carlos Alberto Politano, membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); Helga Marquesini, ginecologista do Centro de Medicina Sexual do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo; Lisandra Stein Bernardes, coordenadora da obstetrícia e do centro de medicina fetal e cirurgia fetal do Hospital Sepaco, em São Paulo; Maria Celeste Osório Wender, chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

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