Sonho de fazer cirurgia plástica motivou Laíza a perder 56 kg com low carb
Laíza Silva, 27 anos, enfrentou problemas com peso desde a infância. Com 126 kg e medo de ter problemas de saúde devido à obesidade, ela se desafiou a perder 36 kg para fazer uma cirurgia plástica nos seios. Motivada, seguiu com o estilo de vida saudável depois da operação, continuou emagrecendo e chegou aos 70 kg atuais
Comecei a ficar com sobrepeso por volta dos 8 anos. Minha mãe me levou em vários médicos para checar se eu tinha alteração hormonal e, na melhor das intenções, passou a controlar minha alimentação. Isso mudou minha relação com a comida. Passei a me sentir reprimida. Tinha vergonha de me alimentar na frente dos outros e comia escondida.
Outra forma que minha mãe encontrou de me ajudar a controlar o peso foi me colocando para praticar exercícios físicos. Tentei natação, mas não deu muito certo e me encontrei no vôlei. Treinava três vezes por semana. Durante seis anos, o exercício não me ajudou a emagrecer, mas permitiu que eu conseguisse manter o peso e não ficasse obesa.
Mas com o tempo me tornei sedentária e sofri muito com o efeito sanfona. Cheguei a ter três grandes emagrecimentos, sempre motivada por algum evento específico, como minha formatura. Porém, como não fazia mudanças sustentáveis para a vida toda, em todas as vezes engordei novamente.
Cheguei a 126 kg e fiquei mal fisicamente. Passava muito tempo sentada no trabalho e vivia inchada, sem pique para dançar e com muitas dores no joelho. Mesmo com todos os meus exames normais, os médicos alertavam que os prejuízos à saúde associados à obesidade poderiam aparecer no futuro.
O excesso de peso nunca prejudicou minha autoestima nem me impediu de usar biquíni, de ir à praia, de vestir a roupa que eu gostava, de viver a vida e ser feliz! Mas duas coisas que sempre me incomodaram no meu corpo foram meus seios —que eram grandes e caídos— e meus braços. Pedia para meu pai me dar uma cirurgia plástica de presente, mas ele sempre encrencou com minha idade e dizia que eu era muito nova para isso.
No final de 2018, aos 25 anos, e preocupada com a saúde, propus a meu pai que ele me desse a cirurgia se eu conseguisse mudar o meu estilo de vida e emagrecesse. Ele topou e ficou definido que eu teria de estar com 90 kg até outubro de 2019, para realizar o procedimento no mês do meu aniversário
Fiz uma operação para retirar as amídalas em janeiro de 2019 e, após me recuperar, em março, comecei a fazer uma dieta low carb sem qualquer apoio de nutricionista. Nesse início, eu me sabotei muito e tive poucos resultados. De segunda à sexta, eu treinava e seguia a dieta corretamente. Mas no final de semana tomava cerveja e ia a churrascos. Dois meses se passaram e emagreci bem pouco.
Tomei um choque de realidade. Se não mudasse mesmo os hábitos, não conseguiria perder os 36 kg que precisava até outubro. Parei com as 'escapadas' no sábado e no domingo e finalmente entendi que aquela nova rotina não era para ser mantida apenas por alguns dias da semana e, sim, para durar a vida toda.
Busquei ajuda de uma nutricionista e de um profissional de educação física, o que foi fundamental para meu resultado. Depois de emagrecer 25 kg, sofri com o efeito platô (estagnação de peso). Para que eu continuasse perdendo peso, minha nutri sugeriu que eu adotasse o jejum intermitente e promoveu alguns ajustes na low carb, estratégia que fez toda a diferença. Eu me adaptei facilmente ao jejum, pois nunca gostei de comer pela manhã. Além disso, o método me ajudou a aprender a identificar melhor quando eu tinha fome e não comer por ansiedade ou impulso.
Outro fator importante foi abandonar a cervejinha dos finais de semana. Sempre ouvi dizer que a bebida engordava (ou atrapalhava o emagrecimento), mas tive essa real noção no meu corpo quando cortei o consumo e emagreci 4 kg. Resolvi fazer uma promessa para não tomar mais cerveja e hoje, quando quero beber algo, opto pelo destilado.
É mito que bebidas destiladas engordam menos que cerveja. O que ocorre é que a dose das bebidas destiladas é menor que a dose da cerveja —assim, as pessoas acabam consumindo mais bebida (e calorias) ao tomar cerveja. Além disso, pela concentração de álcool ser menor, uma pessoa consegue tomar cinco, seis, sete, dez latinhas seguidas de cerveja, o que nem sempre é possível com destilados.
A atividade física só virou parte da minha rotina porque busquei algo que gostava de fazer. Deixei bem claro para o personal que não queria praticar musculação. Então, de início, ele me passou treinos compostos por exercícios aeróbicos e funcionais. Depois, bem aos poucos, foi acrescentando um aparelho de musculação e outro.
Consegui perder os 36 kg planejados até outubro de 2019 e cheguei com 90 kg na véspera da cirurgia. Um dia antes do meu aniversário, realizei o sonho de fazer a operação, mas a mudança não parou por aí. Continuei firme no treino e na dieta e, até janeiro de 2020, já tinha conseguido perder um total de quase 50 kg —quando resolvi fazer uma cirurgia reparadora para retirar de excesso de pele. E, em março de 2020, operei o abdome.
Ao todo, eliminei 56 kg. Hoje, peso 70 kg e não pretendo emagrecer mais. Sigo fazendo atividade física em casa por conta da pandemia e continuo com o estilo de vida saudável e consciente, mas agora me permito comer uma 'besteira' e beber de vez em quando, sem peso na consciência, já que sigo uma rotina regrada.
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