'Com medo de passar dos 100 kg na pandemia, perdi 18 kg treinando em casa'
Mãe de três meninas, a fotógrafa Flávia Ribeiro da Silva, 35, engordou após as gestações e não conseguiu voltar ao peso normal. No início de 2020, com o lockdown em Portugal, onde mora, a brasileira decidiu mudar hábitos, adotar uma alimentação mais regrada e fazer exercícios em casa. A seguir, ela conta como conseguiu ir dos 75 kg aos 56 kg:
"Nas três gestações eu tive problema com excesso de peso durante e pós-gravidez. Na primeira, engordei 18 kg, na segunda 25 kg e na terceira 27 kg. A última foi a mais complicada, cheguei a 86 kg e só consegui perder 11 kg depois que a bebê nasceu. Segundo a pediatra, a Júlia, minha caçula, era uma criança 'high need', ela exigia 100% da minha atenção, mais do que o normal. Só chorava, não dormia, queria mamar o tempo todo, colo e só aceitava ficar comigo. Essa demanda me cansava física e emocionalmente.
Já estava tratando um quadro de depressão e fiquei ainda mais vulnerável. Sofria de ansiedade e uma das minhas válvulas de escape era a comida. Como ficava com a Júlia o tempo todo, não tinha tempo para cuidar de mim nem das coisas de casa como gostaria.
Optava pelo que fosse mais prático para comer, não o mais saudável. Comprava alimentos congelados, processados e industrializados, lanches, pizza. Sentia muita fome e passava o dia beliscando salgadinhos, batatas, sem falar nos doces: comia bolo, chocolate, bolacha.
Com vários quilos a mais, minha autoestima ficou tão baixa que nem conseguia me olhar no espelho, eu me sentia horrível. Fiquei mais de dois anos sem comprar roupa, pois tudo o que vestia achava péssimo no meu corpo. Várias vezes sai das lojas chorando porque uma blusa não passava na minha barriga, que era enorme.
Depois que a Júlia nasceu, tentei várias dietas, entre elas a Dukan e a low carb. Comecei e parei o processo de reeducação alimentar quase dez vezes. Eu me desestimulava facilmente se a roupa ficasse apertada, se o peso na balança não baixasse, se uma das minhas filhas me irritasse, qualquer coisa era motivo para desistir da boa alimentação, eu estava muito fragilizada. Nada dava certo porque minha cabeça não estava boa.
Meu 'start' para mudar foi a pandemia. Na primeira semana do lockdown em Portugal, com as minhas filhas fora da escola e meu marido fazendo home office, minha casa virou um caos. Eu estava num nível de estresse muito grande. Em uma semana engordei 2 kg e achei um absurdo. Pensei: 'Não sei quando essa pandemia vai acabar, se continuar nesse ritmo, onde eu vou parar? No final do ano estarei pesando mais de 100 kg!'.
Então, decidi mudar hábitos. Comecei meu processo em março de 2020, com 75 kg —tenho 1,60 m de altura e estava com um alto percentual de gordura na barriga.
Além de querer emagrecer, uma das coisas que mais me motivou a mudar o estilo de vida foi poder oferecer uma alimentação mais saudável para minhas filhas. Eu não estava satisfeita em vê-las comendo mal por minha causa"
Nesse sentido, minha primeira mudança foi trocar os produtos que colocava no carrinho do supermercado: saíram todos os alimentos congelados, processados e industrializados e entraram alimentos da ideologia 'bicho e planta' --verduras, legumes, frutas, carnes, ovos. Como estratégia para perder peso, também adotei a dieta low carb, mas dessa vez segui o plano corretamente. Em um mês, sequei 5 kg.
Do segundo para o terceiro mês, sofri com o efeito platô (estabilização do peso no processo de emagrecimento) e não consegui perder nenhum quilo. Comecei a fazer jejum intermitente quatro vezes por semana, seguindo os protocolos de 16, 18h e 20 horas, e a praticar atividade física em casa, vendo vídeos no YouTube. Eu intercalava: um dia fazia treino HIIT e no outro um treino de queima (de gordura). Acordava, dava o café da manhã para as minhas filhas e as chamava para ficar na sala comigo enquanto eu fazia os exercícios. No terceiro mês, eliminei 7 kg.
O início do processo foi difícil. Senti náuseas, fiquei com dor de cabeça, irritabilidade, mas faz parte, depois passou. Tudo que precisei foi me adaptar à nova rotina alimentar e confiar que daria certo.
Outra estratégia que usei e me ajudou bastante foi fazer desafios de 30 dias, em que eu tinha uma tabela e riscava cada dia que eu seguia a alimentação e fazia os exercícios direitinho. Isso me ajudava a visualizar meu objetivo sendo concretizado e não parecia ser algo de tão longo prazo. Em seis meses, emagreci 19 kg e atingi 56 kg.
Depois que as academias foram reabertas, parei com os exercícios em casa e comecei a fazer musculação. Hoje, meus treinos são focados em alta intensidade, com a orientação de um personal trainer. Sigo a mesma alimentação do início, mas tenho um cardápio um pouco mais flexível.
Algo que também contribuiu para não perder o foco foi compartilhar minha experiência com outras mulheres no meu Instagram. Agora, as empodero e vejo que sirvo de inspiração para se cuidarem. Minha autoestima melhorou tanto que não me vejo apenas como mãe, mas como mulher. Faço vários ensaios fotográficos como estímulo para eu me olhar e para gostar do que eu vejo."
Quer emagrecer? Receba um plano gratuito com treino e dieta em seu email
Você quer mudar hábitos, começar a praticar exercícios, ter uma alimentação mais saudável e emagrecer? O VivaBem preparou uma série de newsletters com um programa de treino e uma dieta para perder peso (neste link tem a caixa para você se cadastrar para recebê-las). Ao assinar a newsletter do #ProjetoVivaBem, você vai receber em seu email, ao longo de 12 semanas, um plano completo e gratuito com exercícios, cardápios e dicas para mudar o estilo de vida, que ajudarão a alcançar o objetivo de eliminar gordura corporal, ganhar músculos e, principalmente, adotar hábitos mais saudáveis. Siga nosso programa e compartilhe seu novo dia a dia mais saudável e seus resultados nas redes sociais com a #ProjetoVivabem.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.