Gravidez ectópica como de Camila Monteiro põe em risco a gestante; entenda
A youtuber Camila Monteiro emocionou seguidores após divulgar uma foto em que se despedia do filho. Ela precisou interromper a gestação após descobrir ser uma gravidez tubária ectópica.
Ela descobriu o problema depois de ir ao pronto-socorro, por volta da sexta semana de gravidez, quando constatou que o óvulo estava evoluindo na sua trompa direita. "Eu e o meu marido choramos a noite toda, estou na base de calmantes, sinto raiva de tudo e muita revolta", contou.
O que é gravidez ectópica?
Na gravidez ectópica, o embrião se desenvolve fora da cavidade uterina — em 98% dos casos, isso acontece nas tubas, como no caso de Camila.
As tubas são revestidas por cílios microscópicos — estruturas que auxiliam a passagem do óvulo fecundado até o útero. Por isso, qualquer problema na estrutura dessa região pode afetar essa passagem.
Inflamações (provocadas ou não por infecções sexualmente transmissíveis) e deformidades anatômicas são algumas das causas da condição, que atinge entre 1% e 2% das mulheres e traz diversos riscos à vida da gestante, como hemorragia grave e danos aos órgãos, e pode provocar a morte da mulher.
Como e quando ela é detectada?
Normalmente, o problema é detectado durante o pré-natal, entre a quinta e a décima quarta semana de gestação, com um índice baixo de evolução do Beta HcG (hormônio produzido durante a gravidez) e uma ultrassonografia com ausência de sinais de embrião no útero. A mulher também pode apresentar sangramento e dor.
Quais os riscos da gravidez ectópica?
A gravidez ectópica acontece quando há problemas nas últimas etapas da fecundação, ou seja, no momento em que o óvulo fecundado migra pela tuba uterina para chegar ao útero ou durante a implantação dele na parede do útero — que é o lugar onde ele poderia se desenvolver sem problemas.
As tubas são pequenas e estreitas; por isso, caso o óvulo comece a se desenvolver ali, ele pode romper o tecido e provocar uma hemorragia grave.
Quando feita de forma planejada, ou seja, antes de acontecer o rompimento de alguma estrutura interna, a remoção pode ser feita com o uso de medicamentos ou por cirurgia (laparoscopia). A tuba também pode ser fechada, caso seja necessário, para evitar que a mulher passe pela situação novamente.
É possível reverter o quadro?
Não. O óvulo fecundado não costuma evoluir bem e, além disso, o crescimento dele nas tubas representa um risco grande de vida à mulher. Por isso, a recomendação é a interrupção, com uso de medicamentos ou cirurgia, tão logo o problema seja diagnosticado.
* com informações de reportagem publicada em 01/12/2019; e reportagem do site do Drauzio Varella.
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