Homem com linfoma de Hodgkin tem remissão da doença após pegar covid-19
Um homem de 61 anos diagnosticado com linfoma de Hodgkin, tipo de câncer que se origina no sistema linfático, teve uma remissão da doença após contrair covid-19 — isso significa que o linfoma está sob controle, mas o paciente ainda não é considerado curado. O caso foi publicado no periódico British Journal of Haematology no dia 2 de janeiro deste ano.
Após o diagnóstico do linfoma, o paciente apresentou falta de ar, chiado no peito e pneumonia. Com os sintomas, ele realizou o exame de RT-PCR, que deu positivo para covid-19. O homem ficou internado durante 11 dias, sem uso de corticoides ou imunoquimioterapia — indicados para o tratamento do linfoma —, e recebeu alta.
Depois de quatro meses, a equipe médica realizou um exame de tomografia, que mostrou a diminuição do inchaço dos nódulos (sintomas do linfoma) e, com isso, a remissão generalizada.
"Nossa hipótese é que a infecção por SARS?CoV?2 desencadeou uma resposta imune antitumoral, como foi descrito em outras infecções no contexto de linfoma não-Hodgkin de alto grau", escreveram os autores do estudo, Sarah Challenor e David Tucker.
De acordo com o estudo, as citocinas inflamatórias, produzidas em resposta à infecção, podem ter ativado células T específicas com antígenos tumorais e células que "matam" o tumor.
O que é linfoma de Hodgkin?
Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, composto pelos órgãos linfonodos ou gânglios, tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem as células pelo corpo.
A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens também têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin em relação às mulheres.
O linfoma pode aparecer em qualquer parte do corpo e, por isso, os sintomas podem variar:
- Caso se desenvolva em linfonodos superficiais do pescoço, axilas e virilha, formam-se ínguas (linfonodos inchados) indolores nos locais;
- Se a doença ocorre na região do tórax podem surgir tosse, falta de ar e dor torácica;
- Quando se apresenta na pelve ou no abdômen, os sintomas são desconforto e distensão abdominal;
- Outros sinais de alerta são febre, cansaço, suor noturno, perda de peso sem motivo aparente e coceira no corpo.
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