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Fiocruz identifica 3 variantes de coronavírus em Rondônia

Quanto maior liberdade o vírus tem para circular, maior probabilidade de desenvolver mutações - Science Photo Library
Quanto maior liberdade o vírus tem para circular, maior probabilidade de desenvolver mutações Imagem: Science Photo Library

Colaboração para o UOL

11/02/2021 14h20

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com o ILMD (Instituto Leônidas e Maria Deane), identificou 3 variantes de coronavírus em Rondônia. As principais linhagens emergentes, do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil, estão circulando no estado.

As análises foram realizadas com base em amostras de pacientes coletadas em diferentes municípios, incluindo a capital, Porto Velho. As amostras foram coletadas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

Médico infectologista que participou do estudo, Juan Miguel Villalobos-Salcedo pontuou que não se pode afirmar que as novas variantes, identificadas em Rondônia, são mais agressivas e estão relacionadas ao aumento considerável no número de mortes no estado.

"Quanto mais casos ativos tivermos em uma população, mais chances nós temos de propagar a doença e, consequentemente, mais possibilidades teremos de provocar novas mutações do vírus", destacou Juan Miguel.

Atualmente, em nível global, três linhagens de coronavírus são consideradas emergentes e de grande importância epidemiológica: B.1.1.7 (originária do Reino Unido); B.1.351 (da África do Sul) e P1 ou B.1.1.28.1 (identificada no Brasil).

Todas estas linhagens têm sido associadas a uma maior transmissibilidade do vírus. No Brasil, emergiu uma linhagem que se espalhou para alguns outros continentes do mundo e foi identificada como B.1.1.28. Descendendo desta linhagem, outras duas surgiram: P.1, a linhagem que surgiu no Estado do Amazonas e a P.2, uma variante isolada primeiramente no Rio de Janeiro e que foi identificada agora em Rondônia.