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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Entenda o que é tireoidite de Hashimoto, doença que atinge Cleo Pires

Reprodução/Instagram @cleo
Imagem: Reprodução/Instagram @cleo

Bruna Alves

Do Vivabem, em São Paulo

13/02/2021 14h58

Em um desabafo nos stories do Instagram, na noite de ontem, Cleo contou que sofre de tireoidite de Hashimoto —uma doença autoimune que ataca a tireoide. Ela começou agradecendo o apoio de sua equipe e, em seguida, falou um pouco das dificuldades que vem enfrentando.

"Eu queria, mais uma vez, agradecer a todos que me apoiam emocionalmente, fisicamente, psicologicamente. Não é fácil quando a Hashimoto ataca, você fica sem forças, sem energia, seu corpo dói, você não consegue fazer nada. Sem a minha equipe eu não conseguiria fazer metade das coisas que eu faço, principalmente quando a minha saúde está gritando", relatou.

A atriz e cantora, que também sofre de compulsão alimentar, disse que o transtorno piora ainda mais a Hashimoto. "E tem fases que a compulsão vem e você não consegue ter domínio dela, e aí ela ataca muito a Hashimoto, e parece que você está doente mesmo, acabada, parece que passou um trator em cima de você", lamentou.

Tireoidite de Hashimoto inflama tireoide

A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço. Ela tem a função de produzir hormônios que regulam grande parte do funcionamento das células do corpo.

A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide. Esses anticorpos provocam a destruição da glândula ou a redução da sua atividade, o que pode levar ao hipotireoidismo por carência na produção dos hormônios T3 e T4.

As causas não são bem definidas, mas é possível que seja desencadeada por um fator genético ou ambiental (estresse, um acidente, grande cirurgia). Ela acomete mais mulheres do que os homens, e sua prevalência aumenta à medida que as pessoas envelhecem.

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que avaliam os hormônios, o aumento da glândula da tireoide, lentidão dos reflexos e anemia, entre outros fatores.

"Não tem cura, tem controle com medicação. Existe uma situação que é a seguinte: o paciente produz anticorpo, e o anticorpo ataca a glândula, mas, por algum motivo que a gente não sabe dizer qual é, o corpo para de atacar a glândula e ela recupera. Então, às vezes, a pessoa precisa usar medicação por um período curto, mas depois ela consegue ficar sem a medicação", explica Andressa Heimbecher Soares, médica endocrinologista, membro da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

A especialista ressalta que isso não quer dizer que a pessoa esteja curada, porque o anticorpo pode voltar a qualquer momento a agredir a tireoide. Nesses casos, o paciente precisa voltar com a medicação. Além disso, é necessário dosar o nível dos hormônios algumas vezes por ano.

Sintomas

A progressão da doença é lenta e, normalmente, surge quando o hipotireoidismo está instalado. Não existem sinais e sintomas típicos, pois eles variam de acordo com cada caso. Contudo, os mais comuns são:

  • Cansaço excessivo;
  • Ganho de peso;
  • Queda de cabelo, unhas quebradiças;
  • Depressão; diminuição da memória;
  • Adinamia (falta de iniciativa);
  • Pele seca e fria;
  • Prisão de ventre;
  • Aumento do colesterol;
  • Diminuição dos batimentos cardíacos;
  • Mixedema nos casos mais graves (edema duro no pescoço);
  • Diminuição do apetite;
  • Sonolência;
  • Intolerância ao frio;
  • Cãimbras;
  • Alterações menstruais e na libido dos homens.

Com a progressão da tiroidite de Hashimoto, os sintomas se agravam cada vez mais.

*Com informações do blog Dráuzio Varella.