Sem fôlego para subir escadas, ele perdeu 30 kg com corrida e musculação
Com 110 kg, José Paulino Neto, 36, decidiu que precisava emagrecer quando se sentiu cansado ao subir dois lances de escada. O advogado procurou um médico, que indicou a colocação de um balão gástrico. Mas ele recusou o procedimento e decidiu tentar investir no treino e na reeducação alimentar. A seguir, conta como eliminou 30 kg
"Tenho 1,76 m de altura e meu peso durante muito tempo ficou em torno de 85 kg. Mas depois que comecei a trabalhar o ponteiro da balança foi subindo gradualmente e o acúmulo de gordura acelerou quando me casei.
Por causa do excesso de trabalho, além de ser sedentário, eu me alimentava muito mal. Comia três vezes ao dia e sempre estava com muita fome na hora das refeições. Exagerava nas porções e não escolhia boas opções. Consumia frituras, pães com frios, pizza, além de tomar muito refrigerante.
Também tinha compulsão por doces, era como um vício. Se não comesse um pedaço de torta, bolo, pavê ou chocolate de sobremesa, ficava nervoso e ansioso.
Raramente praticava atividade física. Fazia uma caminhada na orla ou no parque duas vezes ao mês. Minha desculpa era que eu não tinha tempo e que aquilo não era para mim. Estava com 34 anos, casado e com filho, não acreditava que seria possível uma mudança àquela altura da vida, até que comecei a sentir as consequências das minhas escolhas.
Passei a ter dificuldades de fazer coisas simples do dia a dia, como amarrar o cadarço do tênis. Ao andar, sentia muita dor na parte inferior dos pés e nos joelhos. Tinha insônia, problemas gástricos e estava com exames alterados.
O start para mudar veio um dia em que estava no fórum cível e precisei subir do quinto para o sexto andar. Chamei o elevador, mas ele parou cheio de gente. A contragosto, fui de escada, pois eram só dois lances de degraus. Fiquei super cansado e ofegante.
Nesse momento, percebi que havia algo de errado e que precisava mudar. Estava com 110 kg e iniciei uma jornada em busca de profissionais da saúde para me ajudar.
Consultei-me com um cirurgião que me indicou colocar o balão gástrico. Ele me explicou o procedimento e fiquei de analisar. Na semana seguinte, fui ao psiquiatra. Como advogado, vivia estressado tentando resolver os problemas dos clientes e não resolvia os meus. Recebi o diagnóstico de um quadro inicial de depressão e o médico me prescreveu uma medicação. Ao refletir sobre as opções que me foram dadas, decidi que queria cuidar da minha saúde de forma natural, sem intervenção médica.
Já tinha tentado correr e não consegui. Então, resolvi dar uma segunda chance a esse esporte que nos obriga a superar os próprios limites. Era exatamente o que precisava.
Em junho de 2019, contratei uma assessoria de corrida. No início, corria três vezes por semana, por meia hora. Apesar do meu esforço nos treinos, não tive nenhum resultado nos três primeiros meses. Não evolui na corrida nem perdi peso. Fiquei triste e a ideia de colocar o balão gástrico veio em mente.
Um amigo que já tinha emagrecido disse que eu precisava de uma orientação nutricional —apesar de treinar, eu continuava me alimentando mal. Também recomendou que eu investisse na musculação (veja boas razões para apostar na musculação para emagrecer). Segui os conselhos dele e em setembro de 2019 fui ao nutricionista e comecei a fazer academia.
O primeiro passo foi reeducar minha alimentação. Passei a fazer cinco refeições por dia e a pesar os alimentos. No jantar, por exemplo, comia 150 g de proteína (carne, frango, peixe), acompanhado de saldada e alguma raiz, como inhame, macaxeira (mandioca), batata-doce e cará.
Contei muito com a ajuda e o apoio da minha esposa, que comprava e fazia a comida. Ela variava o preparo no jantar para eu não enjoar. Às vezes, fazia um purê de inhame, outras vezes fazia cozido. Como eu almoçava fora, pedia comida em uma 'marmitaria fit' e eles entregavam no meu trabalho.
Segui a dieta à risca nos seis primeiros meses, depois pude flexibilizar em alguns momentos. Quando ia a uma festa e sentia vontade de comer um docinho ou tomar um copo de refrigerante, matava a minha vontade e depois compensava com foco total na semana.
Emagreci 2 kg no primeiro mês de alimentação saudável, corrida e musculação. Sempre acordei às 5h da manhã, mas antes ficava navegando na internet e vendo redes sociais. Resolvi transformar esse tempo improdutivo em tempo de qualidade para mim, então comecei a treinar pela manhã. Ia seis vezes por semana, alternando corrida e academia.
O resultado desse esforço foi 30 kg a menos em cerca de 15 meses. Cheguei a 81 kg e já fiz provas de 10 km. Tenho como meta completar minha primeira meia maratona (21 km) agora em 2021.
Sei que tomei a decisão mais certa da minha vida. Se tivesse optado por colocar o balão gástrico, teria resolvido somente um problema pontual do excesso de peso, mas continuaria com um estilo de vida ruim e prejudicando minha saúde. Com as mudanças de hábitos, consegui uma transformação que trouxe benefícios para o corpo e para a mente."
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