Topo

Depressão pós-parto: "A mulher precisa ser a mãe possível", diz psicóloga

Do VivaBem, em São Paulo

23/03/2021 12h21

Em debate que integra a campanha de VivaBem "Supere a Depressão Pré e Pós-parto", especialistas e a atriz Samara Felippo participaram, nesta terça-feira, de uma conversa ao vivo sobre o assunto.

A ginecologista e obstetra Larissa Cassiano e a psicóloga Danielle Braga, com mediação do psiquiatra e colunista de VivaBem, Jairo Bouer, responderam dúvidas sobre sintomas, tratamentos e a importância da rede de apoio, além de trocar experiências sobre padrões que notaram no atendimento clínico.

Se não for tratada, a depressão pré e pós-parto pode se tornar uma depressão crônica ou até se agravar e trazer riscos para a mulher e o bebê, ainda visto como um tabu pela sociedade e até pelas famílias.

Braga, que é integrante do Coletivo PerifAnálise, grupo que oferece atendimento clínico em comunidades periféricas, explica que para as mulheres que sofrem do quadro, ter ajuda de pessoas próximas contribui para a melhora.

"Mas vale lembrar que a rede de apoio é quem está do lado, mas principalmente que não te julga. Mesmo dentro da família, às vezes as mulheres passam por preconceitos."

"Quando o bebê nasce, a mãe passa por um processo de luto das expectativas, de frustração da idealização do papel de mãe perfeita. Ela precisa entender que deve ser a mãe que é possível — e a rede de apoio ajuda na compreensão da realidade dela", diz.

Samara Felippo, que passou por um divórcio na mesma época do diagnóstico, buscou apoio em outras mães. "Eu comecei a olhar mulheres, amigas, que passaram pela mesma situação. Nelas, procurei um resgate. Às vezes só me dar o ombro para chorar, já consegui força para olhar para mim. Hoje acredito que mães felizes criam filhas felizes", conta.

Assista à íntegra do debate

Supere a depressão pós-parto

A campanha Supere a Depressão Pré e Pós-parto começou nesta segunda (22) com a publicação do especial Mamãe Não Está Feliz. Ele mostra como identificar e tratar o transtorno, o impacto do problema para mães e bebês e como ajudar quem tem a condição. Ao longo da semana ainda serão publicadas outras reportagens sobre o assunto, para mostrar como quadro afeta mais as mulheres que vivem na periferia, o que não falar para uma mãe que tem o problema e táticas que podem ajudar a superar a doença. Confira aqui todo o conteúdo da campanha.

Essa é a primeira de uma série de campanhas que VivaBem vai realizar ao longo do ano, com conteúdos temáticos para ajudar a combater problemas que muitas pessoas enfrentam no dia a dia e contribuir para que todos tenham mais saúde e bem-estar.