Tatá Werneck é criticada por usar máscara e face shield, mas ela está certa
Desde o começo da pandemia do coronavírus, Tatá Werneck tem adotado medidas de proteção para evitar a disseminação da covid-19, como o isolamento social e uso de máscaras quando precisa sair de casa — diferente de outros famosos, que promovem aglomerações em festas ou que continuam viajando normalmente, mesmo em um momento em que Brasil registra mais de 400 mil mortos pela doença.
Na cerimônia de despedida do ator Paulo Gustavo, nesta quinta-feira (6), a apresentadora foi fotografada usando duas máscaras, face shield, além de um produto para higienizar as mãos. Entretanto, alguns internautas resolveram criticar a atriz, pelo "excesso" de proteção.
"As pessoas são bobas demais. Criticam quem não se protege. E na mesma medida quem se protege demais. Prefiro ser chamada de exagerada do que de irresponsável", escreveu a atriz no Twitter.
Diferente do que alguns internautas disseram, Tatá Werneck está muito correta com os seus cuidados: o uso de máscara é extremamente importante para se proteger e também evitar a disseminação da covid-19, além, é claro, do distanciamento social — que ela tem feito, exceto quando precisa trabalhar — e da higiene constante das mãos.
Inclusive, em locais de maior aglomeração, como transporte público e mercados, as máscaras PFF2/N95 são as mais indicadas. Elas apresentam uma capacidade de filtragem maior e proporcionam um melhor ajuste no rosto.
Outra forma de reforçar a proteção é usando a máscara cirúrgica com uma de tecido por cima, que pode reduzir em 95% o risco de transmissão da covid-19, segundo estudo do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), órgão regulador do sistema de saúde dos EUA.
A apresentadora também estava usando a face shield, protetor facial transparente, muito válido para proteger outras regiões do rosto, como os olhos. Mas é importante ressaltar que, sozinho, ele não funciona. O "escudo" facial deve ser utilizado, sempre, com a máscara embaixo, assim como a atriz fez.
Importância dos rituais de despedida
Tatá já contou nas redes sociais que tem medo da situação da pandemia no país neste momento — inclusive, além da filha pequena, ela também mora com os pais. "Eu só saio para trabalhar. Foi a primeira vez que saí. E pensei muito antes de ir. Mas eu acho que se não fosse não acreditaria. Fiquei pouco tempo e já estou nervosa por ter saído. Eu estou com muito medo. Agora muito mais que antes. Mas eu prefiro ser exageradamente responsável", escreveu sobre a ida à cremação do amigo.
Mesmo com medo, ela decidiu ir à cerimônia — com toda proteção — para se despedir do amigo. E este momento é fundamental para o luto das pessoas, conforme explica Marilene Kehdi, psicóloga pela FMU (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) e especialista em atendimento clínico. "O que fecha o ciclo da despedida de um ente querido é o velório. Ele abre caminho para a superação. Sem esse rito, o enlutado não consegue fechar o ciclo e fica mais difícil superar a perda, causando grande angústia", diz.
Além disso, Kehdi conta que é neste momento que as pessoas conseguem dizer as últimas palavras e receber apoio de amigos e/ou familiares. "Tatá Werneck fez muito bem: se despediu de um amigo, no velório dele, mas também priorizou sua responsabilidade com a vida dela e com a dos outros também", diz a psicóloga. "Ela está vendo a realidade da covid no Brasil, temos mais de 400 mil mortos pela doença."
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