Ela perdeu 42 kg após fim do namoro: "Decidi ter amor próprio e me cuidar"
Com 108 kg, Jaqueline Carraro, 31, percebeu o quanto havia descuidado da alimentação e da saúde quando terminou um relacionamento. A auxiliar odontológica melhorou o cardápio, passou a fazer exercícios e em quatro meses chegou a 66 kg. Mas toda a mudança de hábitos se perdeu quando sua casa pegou fogo. Ela entrou em depressão, engordou 32 kg e, após três anos, conseguiu superar as adversidade e voltou a emagrecer:
"Minha história de emagrecimento começou quando eu estava com 24 anos, após tomar um pé na bunda do meu ex. Quem nunca sofreu por amor?! O término do namoro foi um gatilho para que eu me olhasse no espelho e não me reconhecesse mais. Só usava roupas de 'ficar em casa', não me cuidava, não era vaidosa, em resumo, não tinha amor próprio.
No dia em que terminamos, tentei colocar uma calça jeans, mas ela ficou apertada. Olhei no espelho e não fiquei feliz com a mulher que vi ali. Subi na balança e estava com 108 kg. Decidi mudar de vida e começar a me amar antes de qualquer pessoa.
Minha primeira ação foi me matricular na academia. Fechei o pacote de um ano e passei a fazer musculação de segunda a sábado, mesmo detestando malhar. Procurei outras modalidades para ver se alguma me agradava, foi quando comecei a fazer muay thai e a me interessar por artes marciais. Treinei por um ano.
Também melhorei a alimentação, que era bem desregrada. Eu comia muitas besteiras: massas, frituras, lanches, chocolate, bolacha, bolo e, principalmente, sorvete. Cheguei a tomar 15 picolés em um dia.
Mudei meus hábitos alimentares sozinha. Cortei doces, refrigerantes, fast-food e busquei formas diferentes e saborosas de preparar os alimentos saudáveis, para não tornar as refeições um sacrifício. Exemplo: fazia brócolis, quiabo e abobrinha no forno, na fritadeira sem óleo, na manteiga.
Quando comia fora, eu me obrigava a colocar no prato o que não gostava, como cenoura. Foi uma forma que encontrei para criar novos hábitos alimentares e aprender a gostar de diferentes alimentos. Se tinha alguma festa, eu me alimentava em casa para não ficar tentada a comer besteiras em excesso.
Não tinha uma meta de peso para perder, pois nunca fui apegada à balança. Meu objetivo era me olhar no espelho e me sentir bem. No primeiro mês com treino e boa alimentação, eliminei 18 kg. Continuei muito focada e, após quatro meses, consegui reduzir 42 kg e atingi 66 kg.
Mantive esse peso de 2013 a 2016. Nesse período, a convite de um amigo, fiz uma aula de jiu-jítsu e me apaixonei. Foi por meio da arte marcial que descobri ser possível ter prazer ao praticar um esporte. Treinava três vezes por dia e competi em alguns torneios locais.
Em 2016, minha casa pegou fogo, só sobrou a roupa do corpo, a gente perdeu tudo. Não sabíamos nem por onde começar. Minha família se abalou muito. Fiquei em estado de choque e perdi a vontade de viver por um período. Entrei em depressão e parei com os exercícios físicos. Descontei minha raiva na comida e engordei 32 kg em três anos.
Em dezembro de 2019, iniciei meu segundo processo de emagrecimento, pesando 98 kg. Como eu tinha quebrado o cotovelo e não conseguia me exercitar, no primeiro mês só controlei a alimentação, mas dessa vez com a ajuda de uma nutricionista. Queria entender sobre o funcionamento dos alimentos para fazer da boa alimentação um estilo de vida, não apenas me aprisionar a uma dieta.
Quando nossa casa pegou fogo, além de trabalhar como auxiliar odontológico, decidi virar confeiteira e vender doces —que eu já estava acostumada a preparar para a família. Fazia tortas, bolos recheados, bolos de festas, docinhos. Procurava receitas na internet, assistia aos tutorias e fui me aperfeiçoando.
No começo da reeducação alimentar, foi difícil não comer os doces que eu preparava para as clientes. Tentava sempre fazer a quantidade encomendada, sem deixar sobras, e quando sobrava dava para alguém em casa. Brincava que ia engordar os outros em vez de mim. Também colocava água na panela ao terminar de fazer o doce, para não raspar o fundo.
Um mês depois, em janeiro de 2020, voltei para a musculação. Embora continue não gostando, sei que a atividade é importante para eu atingir meus objetivos estéticos e, principalmente, ter benefícios à saúde. Em fevereiro, voltei a treinar jiu-jítsu. Quando as academias fecharam por causa da pandemia do coronavírus, continuei treinando em casa.
De dezembro de 2019 a dezembro de 2020, eliminei 25 kg. Agora, estou com 73 kg. Em termos de peso, estou feliz com o que conquistei. O emagrecimento não envolve somente uma questão física, é também consequência de uma mente equilibrada e saudável.
Meu objetivo na atividade física mudou. Estou fazendo agora um treinamento e fortalecimento físico para prestar um concurso da Polícia Militar do Paraná no ano que vem. Meu sonho é ser policial militar!"
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