"Ganhei 38 kg após síndrome do pânico e decidi emagrecer sem radicalismo"
Com 120 kg, Felip Modesto, 30, emagreceu pela primeira vez em 2011, quando começou a ter dificuldade de encontrar roupas para seu tamanho. Focado, ele secou 38 kg e definiu o corpo. Era tão radical na dieta que levava marmita para festas. Porém, após perder o emprego, teve síndrome do pânico e engordou tudo novamente. Agora, está em um novo processo de perda de peso, menos radical. A seguir, o profissional de educação física conta como já eliminou 12 kg:
"Até os 10 anos de idade, era daquelas crianças que comia de tudo sem engordar, mas depois virei um adolescente com sobrepeso. Tinha muita vergonha do meu físico e vivia me escondendo atrás de roupas largas. Não comia tanta besteira. Meu problema era exagerar na porção. Sempre repetia o prato no almoço e no jantar.
Quando consegui meu primeiro emprego, lá pelos 20 anos, comecei a passar muitas horas sentado e aí fiquei sedentário de vez. Resultado: cheguei a 120 kg.
Estava muito pesado e não encontrava roupas que me servissem em lojas tradicionais, só as que vendiam tamanhos maiores porque eu usava 54. Foi quando decidi que precisava mudar.
Em 2011, comecei a levar meu processo de emagrecimento a sério. Já tinha tentado perder peso algumas vezes, feito academia, mas nunca de forma contínua. Sempre optava por algo extremo, esperando resultados rápidos —como parar de jantar. Aí, acabava me frustrando por não emagrecer em pouco tempo, tinha compulsão alimentar e engordava tudo novamente.
Segui uma dieta bastante restrita, mas com orientação de um nutricionista. Reduzi o carboidrato por um mês e, nesse período, aprendi a importância de ser regrado. Comecei a ler mais sobre dieta e alimentação saudável, a conversar com especialistas da área. Em seis meses, eliminei 30 kg.
Mantive a boa alimentação de 2011 até 2013 e ainda perdi um pouco mais de peso: passei de 120 kg para 82 kg (tenho 1,81 m de altura). Fiquei tão interessado na prática de exercícios que comecei a estudar educação física e me formei na área. Cheguei a ficar com o corpo trincado. Era fanático por treinar e muito focado na alimentação. Levava marmita para casamentos e festas, pois não queria sair da dieta.
Hoje, sei que fui muito radical e isso é errado. Mas, na época, mesmo não querendo competir, queria ter aquele corpo de fisiculturista. Afinal, era uma grande conquista ter ido de obeso para seco!
Em 2016, fiquei sem emprego e, consequentemente, sem uma rotina estabelecida. Dormia muito e passava bastante tempo dentro de casa. Mantive os treinos, mas comecei a comer errado novamente. Fiquei dois anos desempregado e desenvolvi transtorno de ansiedade e síndrome do pânico, o que me desanimou mais ainda de seguir uma rotina saudável. Como minha facilidade para engordar é grande, no fim, voltei a pesar 120 kg.
Sabia que estava engordando, mas a falta de ânimo, as crises de pânico e a ansiedade eram intensas. Minha mente estava bagunçada e não conseguia focar em ter hábitos saudáveis. Fiz tratamento e minha saúde mental entrou nos eixos em 2018. No ano seguinte, resolvi começar meu segundo processo de emagrecimento. Só que dessa vez com mais sabedoria, focado em saúde e qualidade de vida.
Mudei por completo minha mente. Não defini uma meta de peso. O objetivo era eu me sentir bem no meu corpo. Quando emagreci pela primeira vez, meu foco e energia estavam voltados para chegar onde nunca tinha chegado. Era uma vontade muito intensa. Mas depois de 'trincar' o corpo, não é fácil manter-se seco e com os músculos definido. Isso exige muita disciplina.
Para emagrecer pela segunda vez parece que o processo ficou mais difícil. Eu já sabia o que devia fazer, qual caminho seguir, mas quando me via acima do peso batia aquele desânimo. Eu ficava adiando o retorno à alimentação saudável.
Claro que a maturidade também ajudou muito. No primeiro processo, minha dieta era mais básica, morria de medo de carboidrato, comia muita proteína... Já na segunda vez decidi seguir uma alimentação mais equilibrada. Entendi que não há um alimento vilão, o mais importante era controlar a quantidade do que como.
Não corto mais o arroz e feijão que eu amo, por exemplo. Parei de seguir uma dieta megarrestritiva e radical. Hoje, se como algum alimento fora do meu plano alimentar, não fico me sentindo mal. Gosto de comer de forma saudável e me cuidar, mas também de me permitir quando tenho vontade.
O treino também passou a ser mais equilibrado. No primeiro processo, malhava até de fim de semana e feriado. Chegava a procurar academias abertas quando a minha fechava porque não queria ficar sem levantar peso. Atualmente, treino de segunda a sexta.
Eliminei 12 kg nessa nova fase. Estou com 108 kg e me sentindo bem!
Estou sempre buscando novos estímulos para o meu corpo. Durante a quarentena, isso me ajudou a me adaptar bem à nova rotina e não perder o foco.
Comecei a cozinhar mais minha própria comida e, quando, as academias fecharam, passei a correr na rua e montei um espaço para fazer o treino de força em casa.
Vejo que tem muitos alunos que me procuram para consultoria online justamente por olharem o meu processo e ver que é algo contínuo. Não existe fórmula mágica para emagrecer, mas é um processo que deve ser seguido para alcançar determinado resultado."
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