É o futuro? Banheiro usa inteligência artificial para avaliar seu cocô
Já imaginou como seria usar o próprio banheiro para receber um diagnóstico do seu cocô? Isso é o que propõe uma ferramenta de inteligência artificial que está sendo desenvolvida por especialistas da Duke University, nos Estados Unidos, chamada de "banheiro inteligente".
Ela funciona assim: depois que a pessoa evacua e dá descarga, o banheiro tira uma imagem das fezes dentro dos canos que, após análise, aponta diagnósticos para que os médicos gastroenterologistas forneçam um tratamento mais adequado. A pesquisa foi selecionada para apresentação na Digestive Disease Week 2021.
Segundo os especialistas, a tecnologia poderá ser adaptada para as tubulações de um banheiro comum e pode auxiliar no gerenciamento de problemas gastrointestinais crônicos, como doença inflamatória intestinal e síndrome do intestino irritável.
"Os pacientes muitas vezes não conseguem lembrar a aparência de suas fezes ou com que frequência evacuam, o que faz parte do processo de monitoramento padrão. A tecnologia Smart Toilet nos permitirá coletar as informações de longo prazo necessárias para tornar mais preciso o diagnóstico oportuno de problemas gastrointestinais crônicos", explica Deborah Fisher, uma das principais autoras do estudo e professora de medicina na Duke University.
Os dados coletados ao longo do tempo fornecerão ao gastroenterologista uma melhor compreensão da forma das fezes do paciente (ou seja, soltas, normais ou constipadas) e da presença de sangue, permitindo que ele diagnostique o paciente e prescreva o tratamento mais adequado.
Como foi feito o estudo?
Para desenvolver a ferramenta de análise de imagem, os pesquisadores analisaram 3.328 imagens únicas de fezes encontradas online ou fornecidas pelos participantes da pesquisa.
Todas as imagens foram revisadas e anotadas por gastroenterologistas de acordo com a Bristol Stool Scale, uma ferramenta clínica comum para classificar fezes.
Depois, eles usaram redes neurais, que é um tipo de algoritmo de aprendizado profundo que pode analisar imagens. Dessa forma, os pesquisadores descobriram que o algoritmo classificou com precisão a forma de fezes 85,1% do tempo e a detecção de sangue bruto teve uma precisão de 76,3%.
"Estamos otimistas sobre a disposição do paciente em usar essa tecnologia porque é algo que pode ser instalado nos canos de seus vasos sanitários e não exige que o paciente faça nada além de dar descarga", afirma Sonia Grego, pesquisadora-chefe do estudo e diretora fundadora do Duke Smart Toilet Lab.
O protótipo tem viabilidade promissora, mas ainda não está disponível no mercado. Os pesquisadores estão desenvolvendo recursos adicionais da tecnologia para incluir amostras de fezes para análise de marcadores bioquímicos, que fornecerá dados de doenças altamente específicas.
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