"Era fã de fast-food e perdi 30 kg provando aos poucos alimentos saudáveis"
Sedentária e comendo lanches e frituras várias vezes por semana, Laryssa Erick, 29, chegou a 100 kg. Ela decidiu se alimentar melhor quando a mãe fez bariátrica. Aos poucos, foi experimentando e "aprendendo" a comer verduras e legumes que não gostava. Além disso, se apaixonou pelo treino ao encontrar uma academia em que não se sentia julgada por estar acima do peso. A seguir, a niteroiense conta como chegou a 70 kg em 5 meses:
"Meus problemas com o excesso de peso começaram por volta do 20 anos. Não praticava atividade física e comia hambúrguer, fritura e outras fast-food em vários dias da semana. Até tentei fazer exercícios para emagrecer, mas via vários olhares das pessoas julgando a 'gordinha na academia' e desistia.
Não tinha costume de comer legumes e verduras e, por conta do cardápio nada saudável, eu e minha mãe acabamos engordando bastante. Não tinha ideia de quanto pesava, mas comecei a perder roupas e ter meu cotidiano afetado por causa do excesso de gordura. Quando agachava, por exemplo, meu joelho 'saia do lugar' e eu caía.
Em 2016, decidi me pesar e descobri que estava com 100 kg (tenho 1,71 m de altura). Vi que precisava mudar de vida pela minha saúde. Isso coincidiu com a época em que minha mãe resolveu fazer bariátrica.
Assim, nós duas mudamos a alimentação juntas e demos força uma para outra nessa nova jornada. Não cheguei a ir em uma nutricionista, mas evitei seguir uma dieta muito restritiva, pois sabia que isso ia me gerar ansiedade e, em algum momento, me fazer desistir da dieta e voltar a comer mais do que o normal.
Cortei as bobagens e fast-foods que comia e passei a levar marmita para o trabalho, para não correr o risco de sair muito fora da dieta. Mantinha uma alimentação saudável, com verduras, legumes, frutas. Procurava colocar as coisas que não era tão fã —como a couve— em sopas e caldos, no jantar.
Também fui, aos poucos, me dando a oportunidade de experimentar e aprender a comer alguns alimentos que não gostava, como a batata-doce. Levou tempo para eu me acostumar com alguns 'novos alimentos', mas acho que foi importante não me forçar a comer o que não curtia muito logo no início, para não criar uma aversão total a esses alimentos.
No fim de semana, eu me permitia uma refeição livre. Nunca deixei de gostar de chocolate, bolo e cachorro-quente, apenas reduzi o consumo por saber que não era saudável. Ter um dia para comer essas coisas que gosto foi importante para conseguir manter o foco na dieta no restante da semana.
Além de mudar a alimentação, comecei a treinar em casa. Conforme fui emagrecendo, senti que estava ficando flácida e resolvi fazer musculação.
Não gostava do ambiente da academia e sabia que seria muito difícil treinar sem uma supervisão mais próxima. Portanto, decidi fechar duas aulas por semana com um personal trainer. Ter esse acompanhamento foi um estímulo para não faltar no treino. Tinha que ir para a academia mesmo que não quisesse, já que havia alguém lá me esperando.
Nos demais dias, fazia aulas coletivas e comecei a pegar gosto pelos exercícios. Logo estava indo malhar todos os dias. Nessa academia que entrei, não recebi olhares de crítica que percebia em outros locais em que treinei e me fizeram desistir de praticar atividade física.
A lição que tirei disso e sempre falo para outras pessoas que buscam emagrecer é que temos de ignorar os olhares de julgamentos. Precisamos ter em mente que estamos ali na academia para cuidar da nossa saúde, não para 'agradar' aos outros ou ter a obrigação de exibir um corpo igual ao de pessoas que malham há anos. Não podemos desistir por conta de julgamentos e opiniões alheias. Mantenha o foco em você e pense que, se continuar treinando, as coisas vão dar certo.
Ao todo, emagreci 30 kg em cinco meses. Eu me apaixonei tanto pela atividade física que larguei a faculdade de publicidade para cursar educação física —hoje, trabalho na academia que comecei meu processo de perda de peso.
Durante quase quatro anos, não foi difícil me manter com 70 kg pois vi que emagrecer não trouxe apenas ganhos estéticos, mas também de saúde. Hoje, consigo me abaixar sem ter dor nos joelhos, por exemplo. Além disso, tive uma grande melhora na autoestima.
Na pandemia, comecei a ter sangramentos além do normal ao menstruar. Depois de um tempo, descobri que estava com hemorragia por conta de um mioma, que me deixou com anemia. Comecei a fazer reposição de ferro e também a tomar vários hormônios todos os dias para evitar a hemorragia. Os remédios me fizeram inchar bastante e, ao todo, engordei 10 kg.
Resolvi buscar uma nutricionista para me apoiar no controle do peso e tratar a anemia. Agora, como arroz e feijão sempre, além de usar alguns suplementos alimentares e vitamínicos. Após um mês e meio de acompanhamento nutricional, perdi 5 kg —e o objetivo é focar ainda mais na dieta para perder os outros 5 kg que ganhei por conta dos medicamentos.
Sei que não posso descuidar da alimentação e do treino nesse momento. Vou precisar operar o mioma, mas enquanto isso não acontece preciso usar os remédios que me fazem inchar.
Quando não consigo ir à academia —por conta das restrições para conter a covid-19—, faço exercícios em casa mesmo, usando como pesos garrafas de água ou de produtos de limpeza, sacos de arroz, feijão etc.
Em meu perfil no Instagram (@laryssaerick) compartilho minha rotina para mostrar que emagrecer de forma saudável é possível e inspirar outras pessoas a mudarem hábitos.
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