Covid: Brasil registra 2.390 novas mortes e tem 6 estados em alta na média
O Brasil registrou hoje 2.390 novas mortes de covid-19 e tem seis estados com tendência de aceleração, o maior número de estados em alta desde 20 de abril. Além disso, o país teve hoje o maior registro de novos casos em dois meses. Ambos os indicadores apontam o início de uma nova subida nos números do país.
Foram registrados hoje 92.115 novos diagnósticos da doença, o maior número desde 25 de março. Ao todo, o país já tem 16.717.687 diagnósticos de coronavírus. Já em óbitos o total chega a 467.702. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Embora apresente tendência de estabilidade há 15 dias, a média móvel diária do país ficou em 1.868. Este número está acima de 1.000 há 133 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Os seis estados que apresentaram tendência de alta foram: Roraima (42%), Tocantins (33%), Bahia (20%), Paraíba (16%), Pernambuco (24%) e Mato Grosso do Sul (52%). Seis estados tiveram queda e outros 13 estados mais o Distrito Federal tiveram estabilidade.
Devido a problemas técnicos no site, hoje o Ceará não divulgou o número de casos e mortes, por isso ficou fora da lista de estados no cálculo da média móvel.
Seis estados reportaram mais de cem mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.709) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 717
- Minas Gerais - 324
- Rio de Janeiro - 256
- Paraná - 161
- Rio Grande do Sul - 130
- Goiás - 121
Das regiões, apenas o Norte apresentou queda (-23%). As demais tiveram estabilidade: Centro-Oeste (8%), Nordeste (-5%), Sudeste (-7%) e Sul (1%).
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (2) que o Brasil reportou 2.507 novas mortes provocadas pela covid-19 em todo o país entre ontem e hoje. O total de óbitos causados pela doença chegou a 467.706 desde o começo da pandemia.
Pelos dados da pasta, houve 95.601 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil nas últimas 24 horas. Desde março de 2020, o total de infectados é de 16.720.081.
De acordo com o governo federal, 15.168.330 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.084.045 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-28%)
- Minas Gerais: estável (-9%)
- Rio de Janeiro: queda (-29%)
- São Paulo: estável (5%)
Região Norte
- Acre: estável (-4%)
- Amazonas: queda (-41%)
- Amapá: estável (-10%)
- Pará: queda (-41%)
- Rondônia: estável (-11%)
- Roraima: alta (42%)
- Tocantins: alta (33%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (15%)
- Bahia: alta (20%)
- Ceará: estável (-6%) *O estado não enviou dado até as 20h de hoje, por isso a variação se refere aos números de ontem
- Maranhão: estável (13%)
- Paraíba: alta (16%)
- Pernambuco: alta (24%)
- Piauí: queda (-38%)
- Rio Grande do Norte: estável (11%)
- Sergipe: queda (-17%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (7%)
- Goiás: estável (-8%)
- Mato Grosso: estável (0%)
- Mato Grosso do Sul: alta (52%)
Região Sul
- Paraná: estável (-1%)
- Rio Grande do Sul: estável (0%)
- Santa Catarina: estável (7%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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