Covid: Com 2.484 novas mortes, Brasil tem duas regiões com alta na média
O Brasil registrou hoje 2.484 novas mortes de covid-19, fazendo com que o total se aproxime dos 480 mil óbitos desde o início da pandemia. Até hoje, o país acumula 479.791 mortes pela doença. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte e foram obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.
O Brasil apresentou duas regiões com tendência de alta na média móvel de óbitos, algo que não se repetia desde 20 de abril. Centro-Oeste e Nordeste registraram, respectivamente, tendência de aumento de 17% e 21%. Enquanto o Sudeste apresentou tendência de queda (-16%) e Norte (-2%) e Sul (0) se mantiveram estáveis.
A média móvel diária de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia no país, segundo especialistas, já que ela corrige as flutuações nos números diários causadas por feriados e fins de semana, quando as equipes de trabalho das secretarias estaduais de saúde estão reduzidas e os dados acabam represados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Com uma média de 1.727 mortes nos últimos sete dias, o Brasil teve uma variação de -2%, o que representa estabilidade. Já são 22 dias com tendência de estabilidade, embora seja em patamares elevados, já que há 140 dias o país tem média móvel de mortes acima de mil.
O número de infectados subiu para 17.125.357, com 86.854 novos diagnósticos positivos confirmados de ontem para hoje. No mundo, somente Estados Unidos (33,4 milhões) e Índia (29,1 milhões) somam mais casos que o Brasil, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins.
O estado de São Paulo foi o que registrou mais óbitos no balanço de hoje, com 651 notificações. Junto a outros sete que também tiveram número de mortes acima de 100, esses estados contabilizam 1.882 óbitos nas últimas 24 horas:
- São Paulo - 651
- Minas Gerais - 280
- Rio de Janeiro - 229
- Paraná - 191
- Goiás - 146
- Rio Grande do Sul - 136
- Bahia - 125
- Ceará - 124
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por sua vez, reportou 2.723 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. Desde o início da pandemia, foram registrados 479.515 óbitos em todo o país.
Pelos números da pasta, houve ainda 85.748 casos confirmados de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, elevando para 17.122.877 o total de infectados desde março de 2020.
Ao todo, 15.596.816 pessoas se recuperaram da doença, ainda de acordo com o governo federal. Outras 1.046.546 seguem em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-26%)
- Minas Gerais: queda (-28%)
- Rio de Janeiro: estável (-8%)
- São Paulo: estável (-11%)
Região Norte
- Acre: estável (5%)
- Amazonas: alta (96%)
- Amapá: estável (-13%)
- Pará: estável (-12%)
- Rondônia: queda (-25%)
- Roraima: alta (28%)
- Tocantins: estável (6%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (10%)
- Bahia: estável (-1%)
- Ceará: alta (65%)
- Maranhão: estável (3%)
- Paraíba: estável (1%)
- Pernambuco: alta (33%)
- Piauí: estável (11%)
- Rio Grande do Norte: alta (38%)
- Sergipe: estável (-9%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (1%)
- Goiás: estável (-12%)
- Mato Grosso: alta (24%)
- Mato Grosso do Sul: alta (27%)
Região Sul
- Paraná: estável (-2%)
- Rio Grande do Sul: estável (5%)
- Santa Catarina: estável (-3%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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