Covid: Brasil tem 2.344 mortes e quase 90 mil casos em 24 h
O Brasil registrou 2.344 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. O número leva o total de óbitos pela doença a 482.135. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
A média móvel de mortes dos últimos sete dias ficou hoje em 1.764, com uma variação de -2. Este número está acima de mil há 141 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
Nas últimas 24 horas, o Brasil também registrou 89.802 novos casos da doença. Desde o começo da pandemia, foram realizados 17.215.159 diagnósticos de coronavírus.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Situação nos estados
Todas as regiões brasileiras apresentaram estabilidade na variação de mortes em 14 dias: Centro-Oeste (11%), Nordeste (7%), Sudeste (-11%), Norte (4%) e Sul (5%).
Quatro estados tiveram tendência de queda, outros quatro ficaram em alta e 18, além do Distrito Federal, estão estáveis.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Seis estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.835) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 733
- Minas Gerais - 319
- Rio de Janeiro - 277
- Paraná - 243
- Rio Grande do Sul - 133
- Bahia - 130
O Ceará registrou hoje um número negativo de mortes (-94). Segundo a Secretaria de Saúde do estado, isso se deve a uma "inconsistência dos sistemas de notificação".
"A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informa que o número de óbitos no Estado (21.379) atualizado nesta quinta-feira, 10/06, não contém registro de novas mortes em relação ao número do dia anterior. A redução excepcional comparada ao registrado ontem pode ser justificada pela inconsistência dos sistemas de notificações entre a Secretaria e os municípios cearenses, observada desde a terça-feira, 08/06. Foram realizados também ajustes na contabilização dos óbitos seguindo a classificação realizada pelas equipes de vigilância dos municípios e regiões de saúde do Estado", explicou a secretaria, em nota.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (10) que o Brasil reportou 2.504 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 482.019 óbitos causados pela doença em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 88.092 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 17.210.969 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 15.670.754 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.058.196 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-18%)
- Minas Gerais: queda (-22%)
- Rio de Janeiro: estável (-6%)
- São Paulo: estável (-8%)
Região Norte
- Acre: queda (-17%)
- Amazonas: alta (91%)
- Amapá: estável (6%)
- Pará: estável (3%)
- Rondônia: queda (-21%)
- Roraima: estável (-15%)
- Tocantins: estável (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (12%)
- Bahia: estável (-1%)
- Ceará: estável (-2%)
- Maranhão: estável (3%)
- Paraíba: estável (9%)
- Pernambuco: alta (30%)
- Piauí: estável (6%)
- Rio Grande do Norte: alta (49%)
- Sergipe: estável (-8%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (0%)
- Goiás: estável (5%)
- Mato Grosso: alta (26%)
- Mato Grosso do Sul: estável (14%)
Região Sul
- Paraná: estável (10%)
- Rio Grande do Sul: estável (5%)
- Santa Catarina: estável (-5%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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