Quer perder a 'pochetinha'? Veja as vantagens e desvantagens de 6 dietas
A gordura localizada na barriga é um dos maiores vilões de quem está em processo de emagrecimento. Muitas pessoas perdem peso, mas possuem dificuldade para eliminar os quilos concentrados na região abdominal. Porém, apesar de não ser possível escolher qual parte do corpo queimar gordura primeiro, um cardápio regrado de alimentação balanceada pode contribuir para se livrar da "pochetinha".
No geral, o principal foco deve o déficit calórico, ou seja, ingerir menos calorias do que você gasta, além de manter hábitos saudáveis. O Uol fez um ranking com as vantagens e desvantagens de dietas que podem ajudar nessa missão. Entre as mais indicadas por especialistas ouvidos pelo ViverBem estão a cetogênica, dieta do metabolismo rápido, Dukan, jejum intermitente, low carb e mediterrânea.
No entanto, vale ressaltar que o processo de perda de peso é individual de cada pessoa. Por isso, conhecer o próprio corpo é essencial para escolher a melhor dieta, que deverá ser acompanhada por um profissional.
Dieta cetogênica
Opção baseada no consumo de alimentos com alto teor de proteínas e gorduras boas, mas baixo teor de carboidratos dependendo do tempo de duração da dieta e do objetivo de cada um.
A indicação é ingerir sementes, proteínas (ovo, carne, peixe, frango), oleaginosas e frutas como abacate e coco. Por outro lado, é preciso evitar pães, arroz, macarrão e batatas.
Vantagens: com a ausência de carboidratos, o corpo utiliza a gordura armazenada como fonte de energia. Desta forma, a tendência é promover uma rápida perda de peso, além de ser uma dieta promissora no tratamento de doenças neurológicas, como epilepsia.
Desvantagens: é bastante restritiva e requer adaptação do organismo na produção de energia, pois o corpo habitualmente tem os carboidratos como fonte energética e precisará "se adaptar" para usar a gordura como combustível. Sendo assim, sintomas como cansaço, letargia e dor de cabeça podem surgir nos primeiros dias.
Dieta do metabolismo rápido
Desenvolvida por uma nutricionista norte-americana, a dieta consiste na realização de cinco refeições por dia, sendo feita a primeira no máximo 30 minutos após acordar. Além disso, a orientação é ingerir água em abundância e seguir uma lista restrita de alimentos, porém mais permissiva nas quantidades.
Totalmente complexo, o cardápio é dividido em três fases que duram dois ou três dias cada e são repetidas por quatro semanas. Cada uma com um grupo de nutrientes predominantes e uma recomendação de atividade física para destravar e acelerar o metabolismo.
Vantagens: com "prazo de validade" e um cardápio balanceado, a promessa é que os adeptos percam até um quilo por semana.
Desvantagens: é uma opção cheia de regras. Além disso, há o risco de o corpo entender que é necessário desacelerar o metabolismo devido à rápida perda de peso. Neste caso, ao fim da dieta, ele pode estar mais lento e com dificuldades de metabolizar a comida ingerida.
Dieta Dukan
Plano alimentar proposto por um médico francês para tratamento de obesidade, trata-se de uma dieta com alto teor de proteínas e baixo consumo de carboidratos. Ela é dividida em fases que são possuem determinadas regras e objetivos específicos.
Vantagens: promete emagrecimento rápido, com perda de até 5 kg na primeira fase, conhecida como 'Ataque' e que dura sete dias. Nela, é permitida apenas a ingestão de proteínas.
Desvantagens: repleta de restrições, a dieta é abandonada por pessoas que não conseguem chegar até a etapa final. O excesso de proteínas também oferece alguns perigos, como constipação, deficiência de nutrientes, problemas no fígado, no rim, entre outros.
Jejum intermitente
Não é exatamente uma dieta, mas uma estratégia nutricional que alterna períodos de jejum maiores do que os habituais, com janelas para se alimentar. Apear de não ter regras para as refeições, o recomendado é reduzir o consumo de carboidratos refinados, fast-food e comidas ultraprocessadas.
Vantagens: quando aliado a uma alimentação saudável, estimula a perda de peso e promove a autofagia celular, que é a renovação das células, contribuindo para uma boa imunidade. Além disso, pode fazer um ajuste no metabolismo, melhorar os índices glicêmicos e reduzir citocinas inflamatórias.
Desvantagens: necessário fazer as refeições nas janelas permitidas com proteínas de alto valor biológico, carboidratos de baixo índice glicêmico e gorduras boas. Não tem eficácia se quebrar o jejum com alimentos gordurosos.
Dieta low carb
Consiste no consumo de todos os tipos de carboidrato, mas de forma reduzida. Há quem diga que o consumo de carboidratos não pode ultrapassar os 150 g por dia, enquanto há autores que afirmam que o consumo carboidratos deve representar 40% ou menos das calorias diárias ingeridas.
O ideal para quem quer emagrecer também é excluir do cardápio carboidratos refinados (pão, macarrão, açúcar), que aumentam os níveis da glicose e de insulina do sangue, incentivando o acúmulo de gordura. A base das refeições devem ser alimentos naturais e não processados. Nesta dieta, os vegetais podem ser consumidos com abundância, exceto os que forem ricos em amido, como batata e mandioca.
Vantagens: cardápio que ajuda na saciedade, pois estimula o consumo de proteínas e alimentos integrais que ficam no estômago por mais tempo. Desta forma, a fome diminui, contribuindo para menor ingestão calórica e a redução do estoque de gordura corporal.
Desvantagens: a dieta tem um limite de carboidratos, mas não diz sobre a qualidade das fontes do nutriente nem dos outros alimentos no cardápio. Sendo assim, a pessoa pode consumir os 150 g diários (ou 40%) de carboidratos em alimentos que não são saudáveis para comer regularmente e consumir "livremente" produtos industrializados ricos em proteína, como carnes processadas que em excesso fazem mal à saúde. Outro ponto considerado desvantajoso é que muitas pessoas não conseguem manter por muito tempo o baixo consumo de carboidratos e desistem da dieta.
Dieta mediterrânea
Modelo alimentar inspirado nos países que ficam à beira do mar Mediterrâneo, onde os cardápios incluem alimentos frescos e naturais, como azeite de oliva, cereais integrais e frutas e legumes sazonais. Também é indicado o consumo moderado de vinho tinto e carnes magras, principalmente peixe, restringindo alimentos ultraprocessados.
Vantagens: a dieta é associada à queda nos riscos de doenças cardíacas por conta da redução do nível de colesterol considerado "ruim" (LDL). Também permite variar a alimentação e ficar longe de industrializados, diminuindo a produção de toxinas no organismo, a retenção de líquidos e as inflamações que dificultam o emagrecimento.
Desvantagens: não chega a ser uma desvantagem, mas a adoção da dieta mediterrânea é próxima de uma mudança de estilo de vida.
Fontes: Cristiane Braga, médica nutróloga; Lívia Salomé, médica com especialização em clínica médica e certificação em medicina do estilo de vida; Luanna Caramalac, nutricionista pós-graduada em nutrição clínica funcional, adequação nutricional e manutenção da homeostase - prevenção e tratamento de doenças.
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