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Vacina da Janssen atrasa e não chegará amanhã ao Brasil

Ministério da Saúde informou que a chegada das doses da Janssen ao Brasil não acontecerá amanhã  - KAMIL KRZACZYNSKI / AFP
Ministério da Saúde informou que a chegada das doses da Janssen ao Brasil não acontecerá amanhã Imagem: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP

Stella Borges

Do VivaBem, em São Paulo

14/06/2021 13h32Atualizada em 14/06/2021 16h46

O lote com 3 milhões de doses da vacina da Janssen contra a covid-19 não chegará ao Brasil amanhã, conforme previsto anteriormente pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A informação foi confirmada ao UOL pelo ministério.

Em nota, a pasta informou que "aguarda confirmação da data por parte do laboratório, mas a expectativa é de que as doses cheguem ainda esta semana ao país em três remessas".

Procurada, a Janssen informou que segue dialogando com o Ministério da Saúde e outras autoridades locais "com o objetivo de disponibilizar a vacina no país o quanto antes", sem especificar datas.

No sábado (12), em entrevista coletiva, Queiroga havia afirmado que a expectativa é de que os imunizantes chegassem amanhã. A liberação foi feita após a farmacêutica Johnson & Johnson obter autorização do FDA, órgão regulador norte-americano.

"Temos um ponto positivo de que essas doses têm um desconto de 25% ao valor anteriormente acertado e isso ocasiona numa economia de cerca de R$ 480 milhões. Outro ponto é que o pagamento só ocorrerá em relação às doses que efetivamente forem aplicadas", disse ele na ocasião.

Os imunizantes devem chegar perto do prazo de validade, estipulado inicialmente para até o dia 27 de junho. Porém a FDA prorrogou a validade das vacinas da Janssen de três meses para quatro meses e meio, o que prorrogou o vencimento do lote que será enviado ao Brasil para 8 de agosto. Na tarde de hoje, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a ampliação da validade dos imunizantes da Janssen.

O imunizante recebeu autorização de uso no país pela Anvisa no dia 31 de janeiro e foi comprada pelo Ministério da Saúde no mês de março. Antes da antecipação para junho, o envio das vacinas estava previsto inicialmente para o último trimestre deste ano, a partir do mês de outubro.

A vacina é a primeira aprovada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com o regime de imunização de apenas uma dose. Na coletiva do último sábado, Queiroga destacou essa característica da vacina como uma vantagem.

"São 3 milhões de doses, independente do prazo de validade curto, serão 3 milhões de pessoas vacinadas", observou ele.

Errata: este conteúdo foi atualizado
No sexto parágrafo deste texto, escrevemos erroneamente que a validade que foi alterada era das vacinas da Pfizer. O correto, claro, é Janssen. A informação foi corrigida.