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SP: Estudo do HC busca voluntários para tratamento domiciliar de depressão

Terapia domiciliar é indolor, não invasiva e os participantes ficam sentados enquanto recebem a estimulação, que dura 20 minutos - Getty Images / BBC News Brasil
Terapia domiciliar é indolor, não invasiva e os participantes ficam sentados enquanto recebem a estimulação, que dura 20 minutos Imagem: Getty Images / BBC News Brasil

Do VivaBem, em São Paulo

15/06/2021 13h39Atualizada em 15/06/2021 13h50

Em todo o mundo, a depressão atinge mais de 320 milhões de pessoas, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Para tentar novos caminhos terapêuticos para a doença, um projeto inédito no Brasil que tem como objetivo tratar, de forma domiciliar, pacientes diagnosticados com depressão, está com inscrições abertas para voluntários que desejem participar.

A pesquisa é elaborada pelo HC/FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) e oferecerá terapia gratuita. Pessoas de 18 a 59 anos de idade podem se candidatar. O estudo está sendo realizado no SIN (Serviço Interdisciplinar de Neuromodulação) do Instituto de Psiquiatria, sob a coordenação do professor André Brunoni.

O método inovador tem como objetivo testar um novo tratamento para a doença, que combina atividades cognitivas e ETCC (estimulação transcraniana por corrente contínua). Todo o acompanhamento será feito na casa dos participantes, por meio de um aparelho que deverá ser conectado ao telefone celular.

A ETCC é um método aprovado recentemente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ainda é pouco usada nos serviços de saúde.

De acordo com os pesquisadores, a modalidade terapêutica é indolor, não invasiva e os participantes ficam sentados enquanto recebem a estimulação, que dura 20 minutos.

Triagem

Os interessados em participar devem responder a um questionário. Os pesquisadores reforçam que só podem participar da pesquisa pacientes que tiveram diagnóstico de depressão.

Os requisitos básicos para participar do estudo são:

  • ter idade entre 18 e 59 anos
  • diagnóstico de depressão unipolar, sem outros diagnósticos psiquiátricos conflitantes
  • não possuir doenças clínicas graves

Aos participantes, é facultado o direito de permanecer em uso de doses estáveis de antidepressivos que já estejam em uso antes de ingressar no estudo.

Após o preenchimento do questionário, os participantes passarão por uma triagem médica, em vídeoconferência, a ser realizada pela equipe de pesquisadores do Instituto de Psiquiatria, do Hospital das Clínicas.

"Lembramos que a triagem não garante inclusão nesta pesquisa, que será feita mediante avaliação e critérios médicos", detalha a plataforma que abriga o questionário da pesquisa.

Todas as informações que forem compartilhadas ao longo do processo — desde o formulário até as respostas em videoconferência — serão protegidos por sigilo médico e não serão compartilhadas fora da equipe do estudo, afirmam os pesquisadores.