Covid: Com 2.673 novas mortes, Brasil volta a ter média acima de 2 mil
O Brasil registrou hoje 2.673 novas mortes de covid-19 e voltou a ter média móvel de óbitos acima de 2.000. Nos últimos sete dias, morreram em média 2.007 pessoas no país, segundo dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Ao todo, o Brasil já tem 493.837 mortes pela doença desde o início da pandemia. Hoje também foram registrados 85.861 novos casos de coronavírus. O total de diagnósticos positivos da doença desde o início da pandemia é de 17.629.714.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Depois de 36 dias abaixo de 2.000, a média voltou a ultrapassar a marca, consolidando a previsão de especialistas de que uma terceira onda se desenha no país. Ainda assim, o Brasil está em estabilidade (8%), embora em patamares elevados.
Além disso, este índice está acima de mil há 147 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
A média móvel diária de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia no país, pois ela corrige o represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados.
A média móvel de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Sete estados reportaram mais de cem mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (2.102) representa mais de 78% do total de mortes no país:
- São Paulo - 795
- Minas Gerais - 353
- Paraná - 294
- Rio de Janeiro - 234
- Ceará - 177
- Rio Grande do Sul - 130
- Bahia - 119
Cinco estados apresentaram tendência de alta na média móvel, enquanto 17 mais o Distrito Federal tiveram estabilidade. Apenas quatro tiveram queda: Espírito Santo (-26%), Rondônia (-19%), Roraima (-46%) e Ceará (-36%).
Entre as regiões, apenas o Sul apresentou aceleração, com 18%. As demais mantiveram estabilidade: Centro-Oeste (5%), Nordeste (-3%), Norte (2%) e Sudeste (10%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-26%)
- Minas Gerais: estável (15%)
- Rio de Janeiro: estável (15%)
- São Paulo: estável (10%)
Região Norte
- Acre: estável (-7%)
- Amazonas: alta (22%)
- Amapá: alta (48%)
- Pará: estável (15%)
- Rondônia: queda (-19%)
- Roraima: queda (-46%)
- Tocantins: estável (-6%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (9%)
- Bahia: alta (16%)
- Ceará: queda (-36%)
- Maranhão: estável (15%)
- Paraíba: alta (34%)
- Pernambuco: estável (-12%)
- Piauí: estável (-4%)
- Rio Grande do Norte: estável (-8%)
- Sergipe: estável (1%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-13%)
- Goiás: estável (15%)
- Mato Grosso: estável (-1%)
- Mato Grosso do Sul: estável (5%)
Região Sul
- Paraná: alta (38%)
- Rio Grande do Sul: estável (10%)
- Santa Catarina: estável (-13%)
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil computou 2.997 novas mortes causadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o início da pandemia, houve 493.693 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos números da pasta, houve 95.367 casos confirmados de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, chegando a um total de 17.628.588 infectados desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 16.030.601 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.104.294 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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