Covid: Com 2.335 novas mortes, Brasil retoma tendência de alta em óbitos
O Brasil registrou 2.335 óbitos de covid-19 nas últimas 24 horas e voltou a apresentar tendência de alta na média móvel de mortes depois de dois meses. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Ao todo, o país já tem 496.172 óbitos desde o início da pandemia. Já em relação ao número de casos, são 74.327 novos infectados pelo vírus de ontem para hoje, elevando o total para 17.704.041.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Desde ontem, a média móvel de mortes até acima de 2.000. Hoje foram registradas 2.005 mortes em média nos últimos sete dias, indicando um crescimento de 19% na comparação com 14 dias atrás. O dado aponta tendência de aceleração das mortes pela covid-19 no país, consolidando a previsão de especialistas de que uma terceira onda se desenha.
O país não apresentava tendência de alta desde 11 de abril, data em que a média de mortes passava de 3 mil.
Além disso, este índice está acima de mil há 148 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que este índice ficou acima de mil foi 31 dias.
A média móvel diária de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia no país, pois ela corrige o represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados.
O dado de hoje é comparado com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Seis estados apresentaram mais de cem mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas desses locais (1.715) representa mais de 73% do total de mortes no país:
- São Paulo - 619
- Paraná - 330
- Rio de Janeiro - 274
- Minas Gerais - 255
- Rio Grande do Sul - 131
- Goiás - 106
Nove estados apresentaram tendência de alta na média móvel, maior número desde 17 de abril (quando registrou 11 altas). Outros 16 estados tiveram estabilidade e apenas Espírito Santo e o Distrito Federal apresentaram queda.
Das regiões, Sudeste (23%) e Sul (37%) apresentaram aceleração. Já Centro-Oeste (9%), Nordeste (5%) e Norte (6%) se mantiveram estáveis.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil reportou 2.311 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou 496.004 óbitos em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 74.042 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil, elevando para 17.702.630 o total de infectados desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 16.077.483 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.129.143 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-27%)
- Minas Gerais: estável (7%)
- Rio de Janeiro: alta (32%)
- São Paulo: alta (31%)
Região Norte
- Acre: estável (-4%)
- Amazonas: estável (3%)
- Amapá: alta (45%)
- Pará: estável (13%)
- Rondônia: estável (-4%)
- Roraima: alta (44%)
- Tocantins: estável (-13%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (7%)
- Bahia: estável (12%)
- Ceará: estável (-1%)
- Maranhão: alta (16%)
- Paraíba: alta (32%)
- Pernambuco: estável (-8%)
- Piauí: estável (-2%)
- Rio Grande do Norte: estável (-12%)
- Sergipe: estável (7%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-16%)
- Goiás: alta (33%)
- Mato Grosso: estável (-1%)
- Mato Grosso do Sul: estável (1%)
Região Sul
- Paraná: alta (75%)
- Rio Grande do Sul: alta (21%)
- Santa Catarina: estável (-13%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.