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Brasil tem média de mortes por covid acima de 2 mil pelo quinto dia seguido

Segundo o Ministério da Saúde, Brasil chegou a 501.825 mortes causadas pela covid-19 em toda a pandemia - EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo o Ministério da Saúde, Brasil chegou a 501.825 mortes causadas pela covid-19 em toda a pandemia Imagem: EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o VivaBem, em São Paulo

20/06/2021 18h25Atualizada em 20/06/2021 20h59

A média diária de mortes por covid-19 no Brasil passou de 2.000 pelo quinto dia seguido, o que aponta para um recrudescimento da pandemia. Hoje (20), o número chegou a 2.063. Antes, o país teve uma sequência de 36 dias com média abaixo de 2.000. Os dados são do consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte.

Nos piores momentos da segunda onda da covid, o Brasil enfrentou 55 dias seguidos com uma média diária de mortes acima de 2.000, entre março e maio. O pior cenário ocorreu em 12 de abril, quando a média diária de mortes chegou a 3.125.

A média deste domingo é 24% maior do que a registrada duas semanas antes. A situação é mais grave nas regiões Sul —aumento de 63%, puxado exclusivamente pelo estado do Paraná— e Sudeste —alta de 24%.

Gráfico mortes por covid-19 no Brasil em 20 de junho de 2021 - UOL - UOL
Gráfico das mortes por covid-19 no Brasil em 20 de junho de 2021
Imagem: UOL

A média diária indica quantas mortes ocorreram por dia, em média, na última semana. É a melhor forma de analisar o cenário da covid, porque elimina o efeito de quedas artificiais que costumam ocorrer aos fins de semana —quando cai a inclusão de dados no banco de dados— e dos aumentos também artificiais nos dias seguintes.

É exatamente o que aconteceu neste domingo, quando 1.050 mortes foram registradas, bem abaixo do patamar que vinha sendo computado nos últimos dias.

Ontem (19), o Brasil superou 500 mil mortes pela covid-19. Hoje, o total de vítimas é de 501.918. Já o número de pessoas que tiveram o diagnóstico de covid-19 está se aproximando de 18 milhões —17,9 milhões.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração. Abaixo de -15%, é considerado desaceleração. Entre os dois índices, diz-se que há uma tendência de estabilidade.

Mapa de evolução da covid nas unidades da federação - UOL - UOL
Mapa de evolução da covid nas unidades da federação
Imagem: UOL

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-34%)
  • Minas Gerais: alta (20%)
  • Rio de Janeiro: alta (31%)
  • São Paulo: alta (27%)

Região Norte

  • Acre: queda (-40%)
  • Amazonas: estável (3%)
  • Amapá: estável (3%)
  • Pará: estável (-2%)
  • Rondônia: alta (48%)
  • Roraima: estável (14%)
  • Tocantins: estável (3%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (2%)
  • Bahia: estável (13%)
  • Ceará: alta (50%)
  • Maranhão: estável (7%)
  • Paraíba: alta (20%)
  • Pernambuco: estável (-14%)
  • Piauí: estável (-4%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-22%)
  • Sergipe: estável (8%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-11%)
  • Goiás: alta (24%)
  • Mato Grosso: estável (-6%)
  • Mato Grosso do Sul: estável (-11%)

Região Sul

  • Paraná: alta (150%)
  • Rio Grande do Sul: estável (8%)
  • Santa Catarina: estável (-6%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou neste domingo que o Brasil registrou 1.025 nova mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas.Desde o começo da pandemia, houve 501.825 óbitos provocados pela doença em todo o país.Pelos números do ministério, houve 44.178 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 17.927.928 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, 16.220.238 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.205.865 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.