Casos de vacinados que morrem de covid são 'muito raros', diz imunologista
As vacinas contra a covid-19 são seguras e capazes de proteger contra o desenvolvimento das formas mais graves da doença, o que torna "muito raros" os casos de pessoas que tomaram as duas doses e, mesmo assim, morreram de covid-19, segundo explicou o imunologista Gustavo Cabral ao UOL News.
Ele reforçou que as vacinas, independentemente de seu nível de eficácia, não são um "escudo mágico" que protege quem as toma de ser infectado pelo coronavírus ou, pior, transmitir o vírus a outras pessoas. No caso das mortes de imunizados, acrescentou Cabral, também é preciso levar em consideração as características desses indivíduos.
"A característica da vacina é a segurança, a proteção, mas a vacina não é uma bala mágica que vai proteger completamente. A gente leva em consideração as características individuais de uma pessoa, mas isso [morte] é muito raro. Uma pessoa que foi vacinada com as duas doses e, após 14 dias, teve contato com o vírus, desenvolveu a doença em estado grave e veio a falecer... É muito raro", disse o imunologista.
A característica da vacina é proteger contra a doença, mas não necessariamente contra o vírus. Mesmo você vacinado com as duas doses, você pode não desenvolver a doença por causa da vacina, mas você pode passar para outra pessoa. E, muitas vezes, passar o vírus para uma pessoa que não esteja vacinada ou seja imunossuprimida pode ser passar a morte.
Gustavo Cabral, imunologista
Vacinas em imunossuprimidos
Por ter um sistema imunológico mais debilitado, a resposta dos imunossuprimidos para as vacinas pode não ser a mais esperada. Mesmo assim, é de extrema importância que este grupo tome todas as disponíveis, incluindo a vacina contra a covid-19.
"É uma questão polêmica. A depender do tipo de imunodeficiência, a pessoa terá pouca resposta à vacina. Mas qualquer resposta é melhor do que nada. Mesmo porque, por estarem nesta condição, esses pacientes têm maior possibilidade de evoluir com doença grave", explicou ao VivaBem Lorena de Castro Diniz, da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).
Há alguns imunizantes que devem ser evitados, como os de "vírus vivo" enfraquecido, que podem causar a doença. É o caso das vacinas contra a febre amarela e a tríplice viral, por exemplo. Mas também há exceções: quando há um surto da doença, o médico pode optar por indicar a vacinação, levando em conta o risco/benefício.
Nenhuma das vacinas contra a covid-19 utilizadas atualmente são de "vírus vivo". Por isso, são seguras — e indicadas — aos imunossuprimidos.
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