Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Covid: Com 899 novas mortes, Brasil tem 5º dia seguido de alta na média

No último sábado, o país ultrapassou a marca de 500 mil mortes pela doença - Altemar Alcantara/Semcom
No último sábado, o país ultrapassou a marca de 500 mil mortes pela doença Imagem: Altemar Alcantara/Semcom

Carolina Marins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do VivaBem e colaboração para o VivaBem, em São Paulo

21/06/2021 20h00

Após ultrapassar a marca de 500 mil mortes pela covid-19, no último sábado, o Brasil completou cinco dias consecutivos com tendência de alta na média móvel de óbitos. Hoje foram registradas 899 novas mortes, mas a média de sete dias continua acima de 2.000 óbitos por dia.

O total de óbitos chegou a 502.817 nesta segunda-feira (21). Além disso, 43.413 mil novos diagnósticos foram feitos nas últimas 24 horas, totalizando 17.969.806 casos da doença. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Houve uma correção nos dados do Rio de Janeiro e, com isso, o estado apresentou número negativo no levantamento de casos hoje. Ontem, o número total de casos do Rio de Janeiro era 932.229, não 933.229, como informado.

Apesar do número menor de óbitos hoje —comum de ocorrer após fins de semana e feriados, quando os dados ficam represados—, a média móvel ficou em 2.059. Já é o sexto dia seguido acima de 2.000. O índice de hoje é 20% maior do que o de 14 dias atrás, o que representa tendência de aceleração.

Média móvel 21/06 - UOL - UOL
Imagem: UOL

A média móvel diária de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia no país. O dado de hoje é comparado com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.

A média móvel de mortes está acima de 1.000 há 152 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Oito estados apresentaram tendência de aceleração, enquanto 14 e o Distrito Federal tiveram estabilidade. Apenas quatro tiveram queda na média móvel: Espírito Santo, Acre, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Das regiões, Sudeste (25%) e Sul (60%) apresentaram aceleração. Já Centro-Oeste (4%), Nordeste (-4%) e Norte (4%) se mantiveram estáveis.

Média móvel nos estados 21/06 - UOL - UOL
Imagem: UOL

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-33%)
  • Minas Gerais: alta (23%)
  • Rio de Janeiro: alta (22%)
  • São Paulo: alta (31%)

Região Norte

  • Acre: queda (-54%)
  • Amazonas: estável (-14%)
  • Amapá: estável (10%)
  • Pará: estável (1%)
  • Rondônia: alta (69%)
  • Roraima: alta (94%)
  • Tocantins: estável (-13%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (2%)
  • Bahia: estável (7%)
  • Ceará: estável (-8%)
  • Maranhão: estável (3%)
  • Paraíba: alta (17%)
  • Pernambuco: queda (-20%)
  • Piauí: estável (-6%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-20%)
  • Sergipe: estável (1%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-10%)
  • Goiás: alta (29%)
  • Mato Grosso: estável (-9%)
  • Mato Grosso do Sul: estável (-10%)

Região Sul

  • Paraná: alta (155%)
  • Rio Grande do Sul: estável (3%)
  • Santa Catarina: estável (-6%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.