Brasil tem 2.080 mortes de covid em 24 h e ultrapassa 18 milhões de casos
Três dias após atingir as 500 mil mortes pela covid-19 em toda a pandemia, o Brasil superou hoje a marca de 18 milhões de infectados desde março de 2020. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Foram registrados 86.833 novos casos até as 20h de hoje, totalizando 18.056.639. Nas últimas 24 horas, o Brasil também teve 2.080 mortes pela doença. O total de óbitos chegou hoje a 504.897.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Depois de seis dias acima de 2.000, a média móvel de mortes ficou em 1.962 hoje. O índice indica tendência de estabilidade (14%) no país —embora seja em patamares ainda elevados— depois de cinco dias de aceleração.
A média móvel diária de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia no país, pois corrige as flutuações que ocorrem durante o fim de semana e feriados. O dado de hoje é comparado com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Este dado está acima de 1.000 há 153 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
Seis estados reportaram mais de cem mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.530) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 843
- Rio de Janeiro - 185
- Rio Grande do Sul - 155
- Goiás - 138
- Paraná - 109
- Bahia - 100
Dos estados, sete apresentaram tendência de aceleração na média de mortes, enquanto outros sete tiveram queda. Doze mais o Distrito Federal apresentaram tendência de estabilidade.
Das regiões, apenas o Nordeste apresentou queda (-18%), enquanto Sudeste e Sul tiveram aceleração, com 26% e 42% respectivamente. Centro-Oeste (-1%) e Norte (3%) se mantiveram estáveis.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-31%)
- Minas Gerais: alta (27%)
- Rio de Janeiro: alta (21%)
- São Paulo: alta (32%)
Região Norte
- Acre: queda (-38%)
- Amazonas: queda (-16%)
- Amapá: estável (-12%)
- Pará: estável (3%)
- Rondônia: alta (26%)
- Roraima: alta (22%)
- Tocantins: estável (12%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (1%)
- Bahia: estável (1%)
- Ceará: queda (-45%)
- Maranhão: estável (-2%)
- Paraíba: estável (6%)
- Pernambuco: queda (-23%)
- Piauí: estável (-1%)
- Rio Grande do Norte: queda (-24%)
- Sergipe: estável (-2%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-9%)
- Goiás: alta (19%)
- Mato Grosso: queda (-16%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-9%)
Região Sul
- Paraná: alta (113%)
- Rio Grande do Sul: estável (-4%)
- Santa Catarina: estável (-7%)
Dados do ministério
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (22) que o Brasil reportou 2.131 novas mortes provocadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, a doença causou 504.717 óbitos em todo o país.
Pelos números da pasta, houve 87.822 casos confirmados de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, chegando a um total de 18.054.653 infectados desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 16.388.847 pessoas se recuperaram da doença até o momento no país, com outras 1.161.089 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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