Com alta de mortes, SP prorroga fase de transição até 15 de julho
O governo do estado de São Paulo prorrogou mais uma vez a fase de transição do Plano São Paulo por 15 dias. A previsão era que esta etapa fosse encerrada no próximo dia 30. Agora, foi estendida pelo menos até 15 de julho.
Atualmente, o estado vê aumento em novos casos e óbitos de covid-19 e queda nas internações por causa da doença, com indicadores mais críticos no interior. Assim, o funcionamento dos estabelecimentos segue restrito das 6h às 21h em todo território paulista, com capacidade máxima de 40%.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid está em 78,9%. A média de novos casos bateu recorde no ano, com 17.662 novas confirmações por dia na semana e as mortes diárias subiram para 582.
Nos nossos indicadores de casos por 100 mil habitantes, tínhamos em torno de 480 e passou para 530, aumento de 18%. Por outro lado, o indicador de internações por 100 mil habitantes teve movimento contrário: passamos de 82 para 78, uma redução de 5%.
Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência
O principal foco do estado é no interior. Parte das regiões, como Barretos, Bauru e Marília, seguem no pior momento da pandemia, com mais de 90% da ocupação dos leitos de UTI. Em vez de regionalizar o Plano São Paulo —ou seja, dividir o estado por regiões, como fez até o início deste ano—, o governo delegou a decisão de adotar medidas mais restritivas aos municípios.
"A gente sabe que a situação no interior começa a ficar bastante distante da situação na Grande São Paulo e Baixada Santista. De forma que o Centro de Contingência já havia feito uma recomendação para ações regionais, no sentido de medidas mais restritivas quando necessário, e isso já está sendo feito", afirmou Menezes.
O Centro de Contingência chegou a avaliar retomar a regionalização das fases, mas o aumento geral de óbitos fez com que voltassem atrás.
Além disso, argumentam que tanto a população quanto as lideranças locais têm lidado melhor com decisões tomadas em conjunto e não impostas pelo estado. Nas últimas semanas, Menezes e Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional, têm se reunido com prefeituras de regiões mais críticas para elaborar medidas pontuais.
Ontem, o UOL mostrou que apenas uma das 17 regiões paulistas não seria classificada na fase vermelha, a mais restritiva, se o Plano São Paulo voltasse a seguir os parâmetros estabelecidos até março deste ano. Só a Baixada Santista teria indicadores para ficar na fase laranja do plano de flexibilização econômica.
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