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Deputado diz que há uma 'organização criminosa' atuando na Saúde

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O deputado Luis Miranda (DEM-DF) Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

23/06/2021 13h58Atualizada em 23/06/2021 21h19

O deputado Luís Miranda, que denunciou a pressão interna sofrida pelo irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo, pela compra das vacinas Covaxin, que estaria sendo tratada de forma diferente das demais por profissionais da pasta, com indícios de regularidade, afirmou que existe uma "organização criminosa" atuando na área.

"Tem um sistema funcionando, é uma organização criminosa. Isso eu tenho certeza. Agora se eu disser que é A, eu vou ter que pagar pelo que eu falei, e numa estrutura como essa, talvez a gente tenha um aparelhamento de vários setores, e eu saia como errado, como já aconteceu. Me lembro bem o que eu já passei. Só que dessa vez, eu dei o azar ou sorte de ter uma CPI falando 'aqui não'", contou, em entrevista concedida à CNN.

"Logico que vai comprometer pessoas do órgão. Não vejo a mínima possibilidade de uma pessoa, mesmo sendo um coronel [Pires], como foi o caso, ignorar que a invoice [nota fiscal] difere do contrato e mandar pagar, pedindo celeridade. Isso é um absurdo. Como dar celeridade ao que está irregular?", questionou

"Não posso afirmar que corrupção, mas os indícios das irregularidades existem. A providência tem que ser imediata. Na dúvida, tem que rescindir o contrato", disse.

Luís Ricardo teria sido procurado pelos membros do ministério para acelerar o processo de compra da vacina. Os irmãos relataram suas suspeitas ao presidente Bolsonaro, que prometeu encaminhar o assunto diretamente à cúpula da Polícia Federal, e ao então ministro Eduardo Pazuello, que deixou o cargo pouco tempo depois.

"Acho que temos que abrir a caixa preta, espero que meu irmão tenha coragem de falar tudo que eu já escutei, e pelo que escutei, sairá muita gente presa do Ministério da saúde. E alguns até de fora, que estão acostumados a fazer lobby ali".