Em alta, estado de São Paulo bate recorde na média de casos de covid
O estado de São Paulo bateu recorde na média móvel de casos de covid-19 na última semana. O pico foi em 16 de junho, quando houve 18.217 novos casos na média móvel. O recorde mais recente havia sido na primeira semana de abril, com 17.933.
Dados levantados pelo Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia gerenciada pelas universidades USP e Unesp, apontam um salto de 68,7% na média móvel dos casos na última quinta-feira (17), em comparação com a semana do dia 7.
Como parte das pessoas contaminadas desenvolvem quadros graves da doença e morrem, a média móvel de óbitos também aumentou em 17,6% nesse mesmo período.
A média móvel de mortes e casos é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia, pois corrige as flutuações que ocorrem durante o fim de semana e feriados, quando dados podem ficar represados devido à diminuição das equipes que reportam os dados.
Os números do dia são comparados com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Em meio à piora dos números da pandemia no estado, o governo de São Paulo anunciou nesta semana que a fase de transição do Plano São Paulo foi prorrogada até ao menos o próximo dia 15 de julho.
Com isso, o funcionamento dos estabelecimentos continua restrito das 6h às 21h em todo o território paulista, com capacidade máxima de 40%.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid está em 78,3%.
Nos nossos indicadores de casos por 100 mil habitantes, tínhamos em torno de 480 e passou para 530. Por outro lado, o indicador de internações por 100 mil habitantes teve movimento contrário: passamos de 82 para 78.
Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência
A situação da pandemia no interior do estado é a que mais preocupa as autoridades paulistas. Regiões de Barretos, Bauru e Marília seguem com dados críticos, registrando mais de 90% da ocupação dos leitos de UTI. Em vez de regionalizar o Plano São Paulo —ou seja, dividir o estado por regiões, como fez até o início deste ano—, o governo delegou a decisão de adotar medidas mais restritivas aos municípios.
Levantamento do UOL mostrou que apenas uma das 17 regiões paulistas não seria classificada na fase vermelha, a mais restritiva, se o Plano São Paulo voltasse a seguir os parâmetros estabelecidos até março deste ano. Só a Baixada Santista teria indicadores para ficar na fase laranja do plano de flexibilização econômica.
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