Brasil registra 725 mortes, e média móvel tem 1ª queda em 40 dias
O Brasil registrou 725 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A média móvel de óbitos está em 1.661. É a primeira vez desde o dia 18 de maio que o país tem a média móvel de óbitos em queda: -16%.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás — que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é queda e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
No total, 513.544 pessoas já morreram pela doença no Brasil. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 32.963 novos casos de covid-19, e a soma chega 18.417.113. Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Com os dados de hoje, 13 estados e o Distrito Federal também em estão em queda na média móvel de mortes, 12 estão em estabilidade e um está em aceleração (Roraima, com 42%).
Veja a situação da pandemia nos estados e Distrito Federal:
Região Sudeste
Espírito Santo: queda (-18%)
- Minas Gerais: estável (-9%)
- Rio de Janeiro: queda (-37%)
- São Paulo: estável (6%)
Região Norte
- Acre: queda (-78%)
- Amazonas: queda (-41%)
- Amapá: queda (-29%)
- Pará: estável (-12%)
- Rondônia: queda (-24%)
- Roraima: aceleração (42%)
- Tocantins: estável (8%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (5%)
- Bahia: queda (-27%)
- Ceará: queda (-30%)
- Maranhão: estável (-10%)
- Paraíba: queda (-43%)
- Pernambuco: queda (-41%)
- Piauí: estável (5%)
- Rio Grande do Norte: queda (-27%)
- Sergipe: queda (-35%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-34%)
- Goiás: estável (0%)
- Mato Grosso: estável (2%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-14%)
Região Sul
- Paraná: queda (-57%)
- Rio Grande do Sul: estável (-14%)
- Santa Catarina: estável (10%)
Dados do Ministério da Saúde
Neste domingo (27), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 739 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 513.474 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 33.704 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje em todo o país, elevando o total de infectados para 18.420.598 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 16.613.992 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.293.132 em acompanhamento.
Miranda diz que irmão foi bloqueado em sistema do Ministério da Saúde
Após prestarem depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirma que seu irmão —o servidor de carreira Luis Ricardo Miranda— perdeu acesso ao sistema interno do Ministério da Saúde.
Luis Ricardo Miranda trabalha no Ministério da Saúde e é o responsável pela importação de vacinas contra a covid-19. Foi ele quem denunciou inicialmente supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O servidor diz ter sido pressionado a agilizar a LI (Licença de Importação) do imunizante, em março.
Hoje (27), o deputado Luis Miranda postou em seu perfil no Twitter um print de uma conversa com o irmão, no qual ele alega ter tido o acesso ao SEI (Sistema Eletrônico de Informações) bloqueado após depor na CPI.
"Isso é ilegal, perseguição e só comprova que eles tem muito para esconder", afirmou o deputado Luis Miranda.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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