Covid: Com 1.917 novas mortes, Brasil tem queda na média pelo 3º dia
O Brasil registrou hoje 1.917 novas mortes de covid-19, elevando o total para 516.119 óbitos desde o início da pandemia. Com os números de hoje, o país completa três dias seguidos de queda na média móvel de mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.
Pelo terceiro dia consecutivo, a média diária de mortes ficou abaixo de 1.700. Hoje foram 1.603 óbitos em média nos últimos sete dias, uma queda de -20% na comparação com 14 dias atrás.
Além disso, pelo segundo dia seguido, a média de hoje é a menor desde 9 de março, quando o país registrou 1.572 mortes em média.
O número de mortos nas últimas 24 horas é o menor para uma terça-feira desde 2 de março, quando houve o registro de 1.726 óbitos. Normalmente a terça-feira registra os dados acumulados do final de semana.
Justamente por causa dessas oscilações causadas pelos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.
O número de novos casos positivos chegou aos 18.512.126, sendo 64.706 registrados apenas nas últimas 24 horas.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Apenas um estado registrou tendência de aceleração hoje: Roraima, com 45%. No entanto, o estado registrou hoje números represados do fim de semana e do feriado antecipado em algumas cidades. Nos últimos três dias, o estado não havia apontado mortes e hoje registrou 14, levando a um salto na média.
Outros 15 estados e o Distrito Federal tiveram queda, enquanto dez tiveram estabilidade.
Das regiões, apenas o Sudeste teve tendência de estabilidade com -12%. Já Centro-Oeste (-17%), Nordeste (-22%), Norte (-24%) e Sul (-42%) tiveram queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
Espírito Santo: estável (-7%)
- Minas Gerais: estável (-14%)
- Rio de Janeiro: queda (-36%)
- São Paulo: estável (-3%)
Região Norte
- Acre: queda (-85%)
- Amazonas: queda (-27%)
- Amapá: queda (-40%)
- Pará: queda (-25%)
- Rondônia: queda (-37%)
- Roraima: alta (45%)
- Tocantins: estável (4%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (7%)
- Bahia: queda (-27%)
- Ceará: estável (-8%)
- Maranhão: estável (1%)
- Paraíba: queda (-45%)
- Pernambuco: queda (-33%)
- Piauí: estável (4%)
- Rio Grande do Norte: queda (-30%)
- Sergipe: queda (-38%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-30%)
- Goiás: queda (-18%)
- Mato Grosso: estável (-1%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-21%)
Região Sul
- Paraná: queda (-72%)
- Rio Grande do Sul: queda (-17%)
- Santa Catarina: estável (15%)
Dados do Ministério
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil reportou 1.893 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 515.985 óbitos em todo o país.
Pelos dados informados pelo ministério, houve 64.903 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil entre ontem e hoje. No total, o número de infectados chegou a 18.513.305 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 16.779.136 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.218.184 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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