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Grávidas vacinadas com AstraZeneca podem receber 2ª dose da Pfizer no Rio

Segundo o secretário, a vacinação pode ocorrer, desde que haja avaliação dos riscos e benefícios, feitos pelo médico da gestante  - Juan Encalada/ Unsplash
Segundo o secretário, a vacinação pode ocorrer, desde que haja avaliação dos riscos e benefícios, feitos pelo médico da gestante  Imagem: Juan Encalada/ Unsplash

Do VivaBem, em São Paulo

29/06/2021 07h57Atualizada em 29/06/2021 09h36

A prefeitura do Rio autorizou a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19 da Pfizer para gestantes que tomaram o imunizante da AstraZeneca na primeira dose.

A informação foi divulgada hoje pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, nas redes sociais. Segundo ele, a vacinação pode ocorrer, desde que haja avaliação dos riscos e benefícios, feitos pelo médico da gestante.

"Seguindo a recomendação do nosso comitê: as gestantes que tomaram a primeira dose da vacina Astrazeneca poderão, mediante avaliação dos riscos e benefícios com seus médicos, realizar a segunda dose com a vacina da Pfizer 12 semanas após a primeira dose", explicou Soranz.

Em maio, o Ministério da Saúde determinou a suspensão da aplicação do imunizante para gestantes e puérperas com comorbidades. A decisão ocorreu um dia depois de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fazer uma orientação neste sentido, após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, que recebeu a vacina.

Desde então, o grupo tem sido vacinado apenas com a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, ou a vacina da Pfizer.

Para as grávidas que já tinham tomado uma dose da AstraZeneca, a recomendação do Ministério da Saúde era aguardar o fim da gestação e do período puerpério (até 45 dias pós-parto) para completar o esquema vacinal com o mesmo imunizante.

Em sua postagem, o secretário listou seis estudos clínicos, com cerca de 2 mil participantes no total, que "demonstram segurança e eficácia de aplicação heteróloga de Pfizer e AZ" — ou, seja, combinando os dois imunizantes.

Segundo Soranz, quatro países já autorizaram o uso do imunizante da Pfizer como segunda dose da AstraZeneca: Espanha, Emirados Árabes, Inglaterra e Itália.

Outros nove países recomendam a combinação: Alemanha, Canadá, Coreia do Sul, Chile, Dinamarca, França, Finlândia, Noruega, Portugal e Suécia.

Segundo dados do Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Brasil é o país com o maior número de mortes maternas devido à covid-19. Entre mulheres grávidas e puérperas, esse indicador atinge a cifra de 7,2%, enquanto a atual taxa de mortalidade por covid-19 é de 2,8%.